Um dos favoritos ao Oscar na categoria de melhor documentário, Professor Polvo (My Octopus Teacher) é um filme indicado para pessoas que amam o reino animal. E talvez seja o único público-alvo que realmente curta a produção da Netflix. Quem gosta de outro tipo de filme pode achar a produção… Chata. Mas será que é mesmo?
++ Oscars 2021: saiba tudo sobre a premiação
O enredo de Professor Polvo versa sobre sustentabilidade e autodescobrimento. O documentarista Craig Foster se sentia exausto e desmotivado com seu trabalho quando acidentalmente nota um polvo em seus mergulhos regulares. Com o tempo, desenvolve uma relação com o animal que lhe devolve a energia e lhe traz lições. Tudo em uma floresta de algas na costa da África do Sul.
O filme tem como principal mérito imagens impressionantes. Desde um polvo sobrevivendo a predadores até mesmo se refugiando para proteção. Professor Polvo peca quando tenta ser menos Discovery Channel e mais documentário. Ou seja, nas reflexões pretensiosas de Foster que fala muito sobre suas sensações e conclusões sem mostrar imagens que corroborem. Torna o filme verborrágico e cansativo demais. Mesmo para defensores da causa animal.
Afinal, seja documentário ou ficção, Netflix ou sala de cinema, um filme é um filme. A mídia segue sendo muito mais visual do que verbal. Foster recorre a expedientes ultrapassados como filmar a si mesmo em um computador para dizer que fez uma pesquisa sobre um tema. Há reportagens de TVs que são mais criativas.
De qualquer forma, Professor Polvo carrega a missão de discutir nossa relação com o meio ambiente em um momento tão difícil do mundo. Como legado, o Sea Project pode se beneficiar do sucesso da produção. Já faz tudo valer a pena.
Nota: 6
Confira o trailer: