Nos quadrinhos, a Espectral possui como sobrenome Jupeczyk, que é justamente o de sua mãe, a primeira a usar o codinome. Mas na série de TV, descobrimos em Ela Foi Assassinada Por Lixo Espacial que ela assumiu o “Blake”. Ou seja, a agente do FBI Laurie Blake fez questão de indicar seu pai, o Comediante (na graphic novel, William Blake), que a concebeu quando estuprou sua mãe.
Por que Espectral mudou seu sobrenome?
Na história original, Laurie é filha de Sally, a primeira Espectral. Sua personagem, como lembramos no segundo episódio, vive um romance com o Dr. Manhattan e, posteriormente, com o Coruja (que em sua identidade secreta chama-se Dan Dreiberg). A ausência de um pai direciona parte da psiquê da personagem na graphic Novel Watchmen, com ela sempre indagando sua mãe que se nega a revelar a identidade. A revelação de que finalmente descobriu quem era, sem a ajuda de Sally, é um uma virada impressionante e marcante da história. Mas justificaria a mudança?
Sally e Laurie têm uma relação tensa em toda a história. É curioso notar que a personagem da série da HBO lembra uma Sally mais sisuda, mas com componentes semelhantes em termos de sexo e ser desbocada. Ou seja, a semelhança está aí. Vale lembrar que a mãe treinou a filha para assumir o posto.
Watchmen: Espectral é uma das protagonistas da HQ e se tornou outra personagem na série de TV.Mas acima de tudo isso, a graphic novel original marca bem que Laurie jamais perdoa o Comediante por ter violentado sua mãe. Além disso, nos quadrinhos, Espectral e Coruja assumem as identidades falsas de Sam e Sandra Hollis. Na TV, fica implícito que ele está na cadeia enquanto ela conseguiu sua liberdade. A que custo? Entendemos que foi se tornando uma operativa que caça vigilantes uniformizados. Será que ela se tornou algo que condena e isto explicaria o nome?
Laurie chega a explicar no último episódio que vigilantes usam máscaras para se proteger de alguma vergonha. Seria “Blake” uma máscara pelo constrangimento do que se tornou? Em contrapartida, não soa bem uma personagem feminina tão poderosa abrir mão do sobrenome “Jupeczyk”. É, na melhor das hipóteses, controverso. Certamente, a história de Alan Moore não evoluiria por aí…
