O Senhor dos Anéis: As Duas Torres
O Senhor dos Anéis: As Duas Torres é a segunda parte da trilogia do Um Anel

‘O Senhor dos Anéis: As Duas Torres’ é um rito de passagem

Seguindo o nosso Desafio Literário envolvendo números, chegamos a O Senhor dos Anéis: As Duas Torres. Depois que Frodo e Sam abandonam a Sociedade do Anel, nossa história já começa com a morte do guerreiro Boromir (Peter Jackson antecipou esta morte para o primeiro filme em sua trilogia), que encontra sua redenção após quase se corromper por causa do Um Anel. J. R. R. Tolkien conecta esta parte da trilogia do Um Anel com o primeiro livro (aguardem o Desafio de fevereiro) e O Retorno do Rei. Nada mal.

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Talvez o grande problema de As Duas Torres seja o mesmo da parte 2 de muitas sequências de cinema. Sem completar uma história e na ânsia de preparar para o desfecho, muitas vezes o livro foca mais na apresentação de personagens do que em seu próprio enredo. Nesse sentido, conhecermos o asqueroso Gollum e sua relação com o Um Anel dá profundidade para a trama e nos prepara para o que virá.

O Senhor dos Anéis:As Duas Torres é então um rito de passagem. Depois de ler o primeiro, só seguiremos na história se sobrevivermos a todo o seu pessimismo e e tristeza. Tudo parece dar errado para os personagens, culminando com Frodo envenenado por Laracna e Sam seguindo seu caminho sozinho com o Um Anel. Parece que está tudo perdido, mas só saberemos em O Retorno do Rei. É um pouco frustrante, mas ao mesmo tempo soa como um final oposto ao de A Sociedade do Anel.

Ali, havia esperança. Aqui, desespero. Tolkien nos envolve com sua trama, como Laracna envolve suas vítimas em sua teia. Resta ler o final.

Nota: 9

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