Como parte do Desafio Literário de outubro, pensei em falar de O Reizinho Mandão que marcou a minha infancia. Escrito por Ruth Rocha (Marcelo, Marmelo, Martelo), o livro é um marco da literatura infantil brasileira e foi lançado em 1978. A história se passa em um reino fictício, onde um menino monarca, recém-coroado, governa de forma autoritária e criando leis sem sentido. Além de obrigar seus súditos a seguirem ordens arbitrárias, sempre tem um grito de “cala a boca” para quem ousa falar perto dele. Cansados das regras absurdas, os habitantes do reino começam a questionar a autoridade do rei e veem outra criança recuperar sua liberdade.
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Sempre li O Reizinho Mandão como uma história sobre democracia e liberdade, respeito e diálogo. A escritora usa uma narrativa simples para tratar de temas complexos, como a importância do diálogo e da educação. A edição ao lado contou com as ilustrações de Walter Ono, que sempre ajudaram a envolver ainda mais crianças e estudantes na leitura, enriquecendo a experiência visual e complementando o entendimento da mensagem da obra. Todas as vezes que lia o livro gostava de simular a voz da menina que participa do ponto de virada olhando para o desenho que Ono fez. Ainda hoje, O Reizinho Mandão é amplamente utilizado em escolas e estimula a reflexão sobre cidadania, respeito ao próximo e o papel do coletivo. Ao incentivar as crianças a pensarem criticamente sobre o poder e suas consequências.
Quanto a Ruth Rocha, a escritora vive em Sao Paulo aos seus 93 anos.
Nota: 10