Segundo o IMDB, Angelina Jolie exigiu usar sua própria voz para cenas em que interpretava Maria Callas, maior cantora de ópera em Maria, filme sob o qual se gerou imensa expectativa mas acabou esnobado nas premiações. No Oscar 2025, o filme acabou com uma solitária indicação ao Oscar de Melhor Fotografia em um sinal claro que a atuação de sua estrela não agradou e, possivelmente, a Academia não acreditou que as cenas com a lendária voz foram 100% fruto da preparação de Jolie. Talvez uma injustiça.
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A atriz copia diversos trejeitos e dá emoção nas cenas mais emocionantes, em uma atuação que lembra a de Ramy Malek em Bohemian Rhapsody. Apesar disso, o filme que conta os últimos dias da vida de Callas quando ela reflete sobre toda sua vida. Os defeitos da película não ajudam pensar que merecia outra sorte. A direção de Pablo Larraín (O Conde) acaba focando demais em grandes tristezas e perdas da artista tornando o filme um grande dramalhão envolvendo a lenda quando é difícil imaginar que sua vida tenha sido apenas sofrimento.
Além de Angelina, o filme conta com um suporte interessante de dois coadjuvantes: o mordomo Ferruccio (Pierfrancesco Favino) e a empregada Bruna (Alba Rohrwacher). O primoroso trabalho de direção de arte de Maria acabou desconsiderado embora o diretor de arte Tom Brown tenha sido indicado por Duna: Parte 2. Curiosamente, Larraín teve apenas uma indicação em O Conde com a mesma estatueta e diretor de fotografia: Edward Lachman. Nem mesmo a edição de som obteve reconhecimento.
Uma pena que o trabalho de Angelina acabe tão obscuro este ano mesmo em um filme com tantos problemas. Dá o que pensar.
Nota: 5
Confira o trailer de Maria: