Constantemente ficamos furiosos com alguma adaptação que não foi fiel ao livro, principalmente no cinema. Mas quando se trata de TV, mudanças significativas às vezes se fazem necessárias para garantir a longevidade da trama. E essas cinco séries, mesmo com diferenças notáveis em relação aos livros, conseguem ser tão boas quanto as obras originais.
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Saiba abaixo
Sherlock (2010)
A série da BBC estrelada por Benedict Cumberbatch e Martin Freeman é mais uma releitura do que adaptação propriamente dita da obra de Sir Arthur Conan Doyle. Ao trazer a dupla de investigadores Sherlock Holmes e James Watson para a Londres do século XXI, a produção ganhou dinamismo e teve casos muito mais condizentes com a realidade dos espectadores. Não a toa a série foi um grande sucesso na última década.
Sherlock já esteve no catálogo da Netflix, mas atualmente não está em nenhum streaming.
The Musketeers (2014)
Embora contemporânea ao livro de Alexandre Dumas, The Musketeers teve um bom diferencial ao ganhar ares de série policial. Apesar de não ter grandes alterações em relação a trama principal, os “casos semanais” foram um acréscimo interessante. E foi a primeira adaptação que mostrou um dos mosqueteiros como um homem negro: Porthos (Howard Charles). O que além de uma bela homenagem a Dumas, retratou mais fielmente a França do século XVII. E abriu portas para abordar questões de raça vigentes ainda em nossos dias.
The Musketeers pode ser assistida no Prime Video com assinatura do canal Looke.
The Man in the High Castle (2015)
É certo que a série se perdeu um pouco nas últimas temporadas, mas a adaptação do livro de Philip K. Dick acertou em muitos pontos. Ao substituir o livro por gravações feitas em universos alternativos, alterar um pouco algumas personalidades e inserir plots, a série conseguiu usar seu apelo visual para provocar ainda mais reflexões. As duas primeiras temporadas foram fantásticas, embora nem sempre agradável de se ver. Mas vale pelos questionamentos que ficam.
The Man in the High Castle pode ser assistida no Prime Video.
Anne with an “E” (2017)
A série mais injustiçada da TV mundial é um acalanto para a alma! Inspirada na obra de L. M. Montgomery, a série fez da doce Anne (Amybeth McNulty) uma menina que demostra o quanto sofreu no passado e que realmente questiona a sociedade em que vive. Mas sem perder o otimismo caraterístico da personagem. A produção manteve acontecimentos importantes do livro Anne de Green Gables (primeiro de uma série de sete) e acrescentou plots que abordam questões como os direitos das mulheres, homofobia, racismo, bullying, liberdade de expressão… Assuntos que eram tabus na época em que os livros foram escritos, e que ainda precisam ser debatidos.
Anne with an “E” pode ser assistida na Netflix.
Bridgerton (2020)
Uma febre baseada em outra febre. Depois de quase vinte anos de sucesso nas livrarias do mundo todo, os livros de Julia Quinn viraram uma série deliciosa. Mesmo se mantendo fiel ao cerne da obra original, a produção inseriu personagens e antecipou plots para incrementar a trama. E foram decisões felizes, pois além de garantir dinamismo à série também serviu para abordar temas pertinentes. É verdade que algumas dessas alterações causaram polêmicas, mas isso só prova como as discussões levantadas pela série eram/são necessárias.
Bridgerton pode ser assistida na Netflix.
Lembrando que as séries aqui listadas não são melhores que os livros. Apenas foram felizes ao fazerem mudanças no enredo e ficaram tão boas quanto. Então, leiam os livros também.
