Depois de Homem-Aranha & Vespa: Quantumania, Invasão Secreta é mais uma etapa do que parece um enorme desgaste criativo das produções Marvel. Depois de mais de uma década de filmes e a saída das principais estrelas parece que Kevin Feige & cia. não tem conseguido resolver seus problemas com novas ideias mas apostando em clichês para não parar de ter novos lançamentos e deixar os marvetes sempre na expectativa. Um jogo perigoso em que vão perdendo de virada.
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A série teve seus bons momentos. Um Nick Fury (Samuel L. Jackson) envelhecido e em uma posição bem diferente do que nos acostumamos a ver: sempre abatido e ultrapassado por um inimigo que o supera em inteligência estratégica, algo que nos acostumamos a ver o diretor da SHIELD a frente. Porém, um enredo de espionagem quase ingênuo com a conjuntura atual e poucos conflitos da raça dos Skrulls, que de repente entra em outra guerra sem que o espectador entenda melhor suas motivações.
Se nos quadrinhos o clima de paranóia levava o leitor a acompanhar a saga até o fim na série o final apressado deixou pouco espaço para a imaginação ou esse tal de desenvolvimento da trama. Invasão Secreta é um grande desperdício de boas ideias. Mesmo a entrada de Emily Clarke parece meio gratuita e banal diante de tantas mortes e novidades. A atriz, assim como Olivia Colman, não fez nada feio. Porém, o sucesso do Marvelverso veio em cima de grandes personagens muito mais do que grandes estrelas topando interpretar super-heróis.
Com décadas de boas ideias, os quadrinhos da Marvel deveriam ser um arsenal de boas ideias. Apesar disto, Hollywood impõe seus termos e talvez estejamos no fim de um ciclo que a Disney vai precisar rever muitas de suas decisões. A gente vai estar lá vendo mas nem todos irão.
Nota: 6.5