Depois de um primeiro volume com um pano de fundo muito interessante, mas uma execução e uma narrativa que deixaram a desejar, acabei por ler o segundo livro da série The Beginner’s Guide to Necromancy (ainda sem tradução para o português). Nada como aproveitar ao máximo o tema do Desafio Literário Popoca de outubro!
spoiler free
Dessa vez Grier precisa rever seu estilo de vida por ter sido reinstituída aos seus títulos e fortuna originais, o que agora inclui o título de Dama Woolworth, visto que ela é agora a mais velha da sua linhagem depois da morte da sua mãe adotiva. Nesse período, o seu trabalho como guia turística de assombrações em Savannah é uma das coisas que a ajudam a manter o pé no chão. Porém, algo estranho tem destruído as assombrações da cidade, e agora até o seu trabalho está tornando a sua vida fora dos padrões que ela busca para se recentralizar.
Para piorar a situação, ela agora precisa conviver com o seu primo por adoção, Linus, que está encarregado de ensiná-la tudo sobre necromancia. E isso ao mesmo tempo que Boaz, o vizinho de porta que ela ama desde criancinha, dá sinais de que finalmente está interessado nela. Entre todos os papeis que ela precisa se encaixar, as ameaças que ainda a perseguem do livro anterior, e as novas ameaças que ela ainda não conhece, Grier tem história para manga pra contar.
Os problemas continuam sendo os mesmos do volume anterior, você tem uma história e personagens com potencial, mas com uma realização bem mais ou menos e com uma quantidade grande demais de clichês envolvidos. Como hoje em dia a quantidade de livros tipo young adult de qualidade é razoável, e considerando que o livro foi lançado em 2017, The Beginner’s Guide to Necromancy deixa muito a desejar e fica bem abaixo da média esperada.
A relação de Grier e Boaz é uma das coisas mais desconjuntadas da série. Dá para ver de muito longe o que vai acontecer, fora que Boaz é o tipo de personagem masculino que dá raiva e que eu detesto ver com a personagem principal quando ela está num arco de crescimento e empoderamento pessoal. Mulher nenhuma merece ficar com esse tipo de macho.
Nota 5.