Fangirl, a história de Cath

Um dos best sellers da autora Rainbow Rowell

Depois de ler dois livros bem diferentes da autora americana Rainbow Rowell, eu finalmente tirei da estante um dos seus best sellers: Fangirl! Bom, de forma geral, tudo que ela escreve vira best seller, mas esse foi dos primeiros que ela publicou, e o único que gerou um spinoff e uma versão em mangá.

SPOILER FREE

Fangirl, que tem o mesmo título em português, conta a história de Cath, uma jovem extremamente tímida, que sofre de ansiedade, e que está entrando na faculdade com sua irmã gêmea Wren. As duas são tão iguais quanto são diferentes, e Cath pela primeira vez vai dividir um quarto com alguém que não sua irmã. Um dos traços mais marcantes de Cath é que ela escreve fanfiction de Simon Snow, que é algo que parece uma paródia maravilhosa de Harry Potter (para quem vive em outro planeta, fanfiction são versões alternativas de determinadas histórias ou mundos de fantasia de obras de sucesso, experimente por sua conta e risco ler).

Esse pedaço do enredo é extremamente importante, e fez tanto sucesso que o spinoff de Fangirl se chama Carry On, o nome da fanfic de Cath, e já tem um três volumes lançados (Carry On, Wayward Son / O filho rebelde e Any way the wind blows / Venha o que vier). Eles já estão na minha pilha eternamente crescente de livros para ler.

Eu sinceramente não sei se gostei mais da história principal, com Cath, sua inesquecível colega de quarto Reagan e o seu namorado Levi, e sua a irmã Wren, ou se gostei mais dos textos que entremeiam os capítulos principais com pedaços dos textos “originais” de Simon Snow e a fanfic Carry On. Os dois são extremamente divertidos, e absurdamente fofos.

O drama de Cath é bastante centrado na sua dificuldade com lidar com pessoas, mas, não se limita a isso, o que dá uma dinâmica interessante ao livro. Além disso, tem toda a questão de se tornar independente, descobrir o que quer fazer da vida na universidade, lidar com seu pai que tem problemas psiquiátricos, a irmã querendo testar limites e sua mãe que abandonou a família. Enfim, coisas da vida e que fazem parte do processo de crescer.

Mas Cath também precisa aprender que não precisa lidar com nada disso sozinha. E apesar da sua dificuldade inerente com relacionamentos, eles são o ponto alto do livro de Rainbow Rowell. Juro que procurei outras descrições, mas fofo continua sendo o melhor adjetivo.

Não é a toa que fez tanto sucesso e que anos depois do lançamento está virando mangá. Os personagens são muito originais e humanos, e trazem para o enredo a importância das histórias para as pessoas, seja em forma de livro, seja em forma de filme ou audiolivro. As histórias são uma das melhores ferramentas para desenvolver uma habilidade extremamente importante: a empatia.

Para variar, Rainbow Rowell acertou em cheio, de novo.

Nota 10.

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