Há papéis feitos para atrizes e atores brilharem. O roteiro de Estados Unidos Vs Billie Holiday carrega uma história cheia de culpa, dor e drama pronta para fazer uma estrela. É Andra Day que aproveita a chance e pega emprestado um pouco do brilho da cantora norte-americana, que exerce um fascínio nos Estados Unidos comparável ao que Elis Regina possui no Brasil.
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Em um país racista, os Estados Unidos, Billie Holiday (Andra Day) busca se consolidar como cantora de jazz e ao auge de sua carreira até se tornar alvo do Departamento Federal de Narcóticos com uma operação secreta protagonizada pelo Agente Federal Jimmy Fletcher (Trevante Rhodes), com quem ela tem um caso. A história acompanha como as forças policiais dos EUA trabalharam para atacar a artista, sem que ela tivesse a chance de ser ajudada.
Em diversos momentos, Estados Unidos Vs Billie Holiday é quase um dramalhão de tant dor e culpa que carrega. O filme quase lembra longas como The Doors (dirigido por Oliver Stone), que parece limitar a história de artistas a sexo, drogas e rock n’roll. Felizmente, o roteiro de Suzan-Lori Parks (baseado no livro Chasing the Scream de Johann Hari) impede este erro ao destacar a genialidade de Billie em seus grandes momentos e, principalmente, como ela foi vítima de homens e forças autoritárias ao seu redor, que não poderiam aceitar seu sucesso ou vitória.
Tyler James Williams é velho conhecido do Brasil ao protagonizar Todo Mundo Odeia Chris. É um parceiro competente para atuação de Andra Day, que parece saber o momento exato de entrar em cena e de pegar emprestado um pouco do brilho de Billie. A atriz faz sua estreia nos cinemas colecionando indicações e prêmios. No fim, Estados Unidos Vs Billie Holiday é um filme importante somente por trazer esta história para as telonas. Assista.
Nota: 7
Confira o trailer: