Caros leitores, a 2ª temporada de Bridgerton, que estreou em 25 de março na Netflix, era deveras aguardada por essa colunista. Mesmo um pouco cansada da história depois de ter lido os nove livros de Julia Quinn que inspiraram a série. Mas como gosto mais da abordagem feita pela adaptação, estava ansiosa pela nova parte da trama. Porém, fui frustrada por um desenvolvimento vagaroso.
Atenção: Contém spoilers da série.
Assim como no segundo livro, O Visconde que me Amava, a nova temporada foca no irmão mais velho dos Bridgertons. Anthony (Jonathan Bailey) resolve cumprir o dever de encontrar uma esposa. Não alguém para amar, apenas alguém respeitável e inteligente para construir uma família. A debutante e diamante da temporada Edwina Sharma (Charithra Chandran) parece ser a escolha perfeita. Mas ela tem uma irmã mais velha protetora, Kate (Simone Ashley), que não gosta nadinha das ideias do visconde.
Apesar de ter gostado de algumas alterações feitas, esperava mais dessa temporada. O que mais achei fatigante foi a duração dos episódios, na média de 1 hora, para uma trama que não é tão complexa assim. Sim, gosto do fato de ser uma trama leve e elogiei muito isso na 1ª temporada. Mas trazer uma história leve não significa entregar episódios intermináveis em que a sensação reinante é a de que nada acontece. Entendo e aprovo a decisão dos produtores de quererem desenvolver melhor o relacionamento entre Anthony e Kate, exceto que só senti um avanço real nos últimos episódios.
Contudo, considerei perfeita a escalação de Ashley como Kate. Quando a escolha da atriz foi divulgada já tinha gostado, mas finalmente vê-la encarnando a personagem foi estupendo. Embora Newton, o corgi de Kate, pudesse ter aparecido mais. Dentre as novidades da temporada também foi interessante ver Benedict (Luke Thompson) frequentando a Academia de Arte (que acabou deixando por orgulho), e Will Mondrich (Martins Imhangbe) abrindo um clube de cavalheiros. Sem falar da entrada do falido Lorde Jack (Rupert Young), o primo das Featherington que junto com Portia (Polly Walker) elaborou um golpe para tirar dinheiro de distintos – e ambiciosos – cavalheiros.
Mas admito que meu favoritismo em Bridgerton continua sendo das amigas Eloise (Claudia Jessie) e Penelope (Nicola Coughlan). Ter a identidade de Lady Whistledown (voz de Julie Andrews) revelada para os espectadores enquanto o mistério continua para os personagens permite muito mais tempo de cena para Penelope do que nos livros. Vê-la tendo que escapar do escrutínio dos que querem desmascará-la, especialmente Eloise e a Rainha Charlotte (Golda Rosheuvel), é uma das coisas que mais movimenta a trama. E a aliança de Penny com a modista Delacroix (Kathryn Drysdale) foi fenomenal.
Enquanto isso, Eloise descobriu as reuniões feministas. E já quero vê-la discursando e organizando protestos! Confesso também que começo a torcer pra que ela enfrente a sociedade e fique com o tipógrafo Theo Sharpe (Calam Lynch) ao invés do seu par nos livros. Só não gostei que Penelope precisou “manchar a reputação” de Eloise para tirar as suspeitas de que a amiga era Lady Whistledown. E me partiu o coração quando Eloise descobriu tudo e rompeu a amizade. Espero que não demorem a fazer as pazes.
A 3ª e a 4ª temporada de Bridgerton já estão confirmadas, e se continuarem se guiando pelos livros a próxima será focada em Benedict. Vários atores e atrizes já confirmaram retorno, inclusive Simone Ashley. E Regé-Jean Page declarou que pode voltar em participações, embora nada seja definitivo. Também teremos o prometido spin-off sobre a juventude da Rainha Charlotte, previsto ainda para esse ano. Só espero que no futuro da série acertem mais no ritmo da narrativa.
Nota: 7
Confira o trailer:
https://www.youtube.com/watch?v=SEBUt-BjGf8