A primeira temporada da série The Umbrella Academy é uma tremenda mostra de força do Netflix após ver o Marvelverso se despedir do serviço de streaming. Os heróis criados por Gerard Way parecem prontos para ocuparem o espaço e os dez primeiros episódios não decepcionam.
Vinte crianças nasceram de forma misteriosa e sete são adotadas por um milionário excêntrico. Elas são criadas para defenderem o mundo, mas quando crescem se dividem até que a morte de seu pai adotivo faz o grupo se reencontrar. Ellen Page (Juno), John Magaro (Orange is the New Black), Mary J. Blige (Mudbound), Cameron Britton (Mindhunter), Colm Feore (House of Cards), Adam Godley (Breaking Bad), Ashley Madekwe (Revenge) e Tom Hopper (Game of Thrones) estão no elenco.
Com Ellen Page em ótimo trabalho, The Umbrella Academy tem atuações irregulares entre seus protagonistas (especialmente com Hopper) mas nada que comprometa. Se os quadrinhos abordam todas as filosofices que Way consegue imaginar, a série embarca de vez em viagens no tempo, superpoderes e dramas reais. O ritmo as vezes soa lento, mas no geral a série empolga mais do que decepciona com boas cenas de ação e agradáveis surpresas como a atuação da cantora Mary J. Blige.
A trilha sonora é uma história a parte. The Umbrella Academy traz bons momentos marcados por músicas que funcionam para aprodundar o drama da história. Um CD com as músicas certamente valeria a compra.
Se a primeira metade da série convence, a segunda muitas vezes dá pinta de que vai decepcionar. Por vezes, o seriado flerta com problemas de outras séries com um final apressado ou soluções fáceis, mas surpreende. O final mostra que The Umbrella Academy não tem nada de previsível e chegou para ficar com fôlego de sobra.
Longa vida a esses heróis. Mal posso esperar a segunda temporada.
Nota: 8