Apesar do esforço nada digno de fãs da DC Comics, não deu. Afinal, Pantera Negra é um filmaço em todos os sentidos. Começando pela direção e roteiro primorosos de Ryan Coogler (Creed) e passando pelo elenco primoroso que conta com ótima atuação do protagonista Chadwick Boseman, de seu antagonista Michael B Jordan até a vencedora do Oscar Lupita Nyong’o. Ou seja, é um filme memorável por contar com um elenco não só majoritariamente negro, mas absolutamente talentoso e que tornou esta produção um estrondoso sucesso comercial.
Sinopse
Após a morte do rei T’Chaka (John Kani), seu filho, o príncipe T’Challa (Chadwick Boseman), retorna a Wakanda para a cerimônia de coroação. Ele conta com o apoio de Okoye (Danai Gurira), general de Wakanda, de sua irmã Shuri (Letitia Wright), responsável pela tecnologia do reino, e de Nakia (Lupita Nyong’o), seu grande amor. Juntos, iniciam uma perseguição ao terrorista Ulysses Klaue (Andy Serkis), que roubou um punhado de vibranium do país africano anos atrás e desencadeou uma série de eventos que põe o trono em risco no presente.
Pantera Negra é a encarnação do afrofuturismo em uma batida difícil de ser superada. Wakanda é um mundo inconfundível. Representa o continente africano sem exploradores que tenham atrasado seu desenvolvimento. E explorado suas divisões internas. Enfim, não é coincidência que na história seja um filho pródigo que ponha o mundo em risco. Aliás, é um filme para deixar claro que há uma resposta ao star system branco de Hollywood aqui.
A trilha sonora é um espetáculo a parte. Referencia a África de forma épica e respeitosa. Poucas vezes me senti tão inserido no cenário apenas com o ouvido.
Chama a atenção o desenvolvimento de todo esse cenário tanto quanto as boas cenas de luta. Um mundo inconfundível e inigualável. De dúvida, Pantera Negra deixa apenas sobre os limites da franquia. Wakanda merece mais do que só um filme, talvez uma série de TV, uma animação…
Só o tempo dirá.
Nota: 10