À Beira da Loucura: Final Explicado

Filme faz parte da trilogia do apocalipse, de John Carpenter

Dirigido por John Carpenter, À Beira da Loucura (In the Mouth of Madness ) é parte do que o próprio diretor chama de “trilogia do apocalipse” somados aos filmes O Príncipe das Sombras e O Enigma de Outro Mundo. Embora tenha sido o mais recente dos três (o ano de lançamento foi 1994), talvez tenha sido o menos marcante no tema de algo que traz o fim do mundo.

O final de À Beira da Loucura é uma conclusão que deixa muitas perguntas no ar. Nos momentos finais do filme, o protagonista, o detetive particular John Trent (Sam Neill) percebe que a realidade está se desintegrando ao seu redor, resultado da influência dos livros do misterioso Sutter Cane. Ele tenta impedir a publicação do último livro de Cane, mas descobre que já é tarde demais e que a publicação foi até adaptada aos cinemas. Trent vai ao cinema e assiste ao filme baseado no livro, com ele próprio como personagem principal, indicando que toda a sua jornada foi prevista e, possivelmente, manipulada pelo escritor.

A interpretação dessa sequência final pode ser vista de várias formas. Uma delas é que Trent nunca teve controle sobre seu destino, sendo apenas um peão nas mãos de Cane, que manipula a realidade através de sua escrita. O filme sugere que a linha entre ficção e realidade é tênue e que, ao acreditar nos horrores descritos por Cane, a humanidade trouxe essas entidades e eventos para o mundo real. Isso coloca em questão a natureza da realidade e da sanidade, insinuando que a própria percepção pode ser moldada por narrativas poderosas. O fim do filme deixa o público a contemplar a ideia de que nossa compreensão do mundo é vulnerável à influência de histórias e crenças, especialmente aquelas que provocam medo e caos.

Confira o trailer de À Beira da Loucura:

Para ler uma resenha sobre o filme, consulte o texto do Plano Critico.

 

 

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