O Mundo Sombrio de Sabrina estreou há uma semana e já encantou 95% dos usuários no Google. Trata-se de uma série baseada no HQ Sabrina – Aprendiz de Feiticeira, história popular nos anos 90 que contava as aventuras de uma jovem bruxa mestiça – seu pai era bruxo e se casou com uma humana. A série já foi produzida pela Nickelodeon anteriormente, levava o mesmo nome da HQ.
Desde as primeiras notícias sobre a produção, gostei da ideia, e procurei me aprofundar. Passadas semanas vi que os produtores não hesitaram em inserir um caráter dark à série, e ao assistir consegui confirmar tudo o que estava sendo divulgado.
Representatividade
Ponto positivo e bem explorado na série é a representatividade étnica e ideológica no
elenco e no roteiro. Temos homos, bis, trans além de negrxs em personagens que realmente têm uma história – fugindo daquele padrão em que pessoas LGBTQ+ estão no drama de sair do armário, ou a pessoa negrx que tem pouca importância e não se posiciona em assuntos críticos em relação à sociedade. Também podemos ver em Sabrina uma menina que sabe bem os valores dos dois lados da moeda e tenta se equilibrar, evitando atos ou tradições que podem não ser positivas para a sua comunidade. De certa forma, até se posiciona de maneira descrente em alguns momentos.
Claro que temos alguns clichês de séries adolescentes, como a inimizade entre Sabrina e as Irmãs estranhas, que vivem atormentando-a por ser metade bruxa, metade humana. Os maus tratos vão desde perseguições a torturas físicas e psicológicas, que reforçam ainda mais seu tom maquiavélico.
Ainda estamos apenas na primeira temporada (a Warner cogitou apenas duas partes, mas parece que teremos mesmo uma segunda). Mas a história de Sabrina Spellman me prendeu e contagiou pela misturinha deliciosa de ocultismo com tramas adolescentes e personagens desconstruídos inseridos num cenário fantástico para nós, espectadores amantes de um bom suspense.
Nota: 8