Em Werewolf By Night (Lobisomem Na Noite), a transformação de Jack Russel (Gael García Bernal) mostra o tamanho que o primeiro filme de terror da Marvel poderia ter. Com uma aula de cinema de terror, Michael Giacchino, com mais de cem participações creditadas como compositor musical de outras produções e sentando pela primeira vez na cadeira de diretor, nos entrega uma cena memorável que se torna um elemento raro de um filme quase sem história.
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É difícil resumir o filme porque o próprio “enredo” nos deixa confuso. Com uma narração que explica a origem da Bloodstone (pedra de sangue) e sua linhagem, somos apresentados a caçadores de monstros que podem buscar tomar posse do objeto místico, incluindo Elsa Bloodstone (Laura Donnely), filha renegada pelo pai e que busca resgatar sua herança. E, é claro, um certo Jack Russel que parece educado demais para um caçador. Parece.
Bernal já provou dúzias de vezes que é capaz de fazer qualquer tipo de personagem e faz o possível para defender o atormentado Jack. É uma pena que sem ler os quadrinhos, Werewolf by Night não nos dá nenhuma pista de como ele passou a virar um lobisomem na noite, porque Elsa foi rejeitada pelo próprio pai, de onde surgiu a bloodstone etc.
Atenção para spoilers depois da imagem.
A apresentação seguida do assassinato de caçadores de monstros, só banaliza as mortes no filme e nos deixa com a sensação de que ninguém por ali importa embora sejam personagens que se destacaram em suas características. Werewolf By Night também peca ao não nos dar nenhuma chance de conhecermos melhor as motivações de Elsa e Jack, parecendo mais um gigantesco trailer de 52 minutos do que pode vir por aí. Porque não veio muita coisa desta vez.
Assim como a transformação Jack-Lobisomem, os efeitos especiais e a fotografia do filme é um acerto. Quem sabe no próximo lembram do roteiro? Vamos torcer.
Nota: 5.5
Assista ao trailer de Werewolf By Night: