Este Ser Extraordinário abre com uma rápida menção ao passado dos Minutemen e o misterioso Justiça Encapuzada para voltar a trama principal: Sister Night (Regina King) engoliu nostalgia, pílulas de lembrança com as memórias de seu avô.
Normalmente quando uma série não segue uma linha temporal usualmente recorre a flashbacks ou diálogos. A pílula de nostalgia acaba sendo um visual esteticamente interessante criando uma história dentro de outra história. A Irmã Noite vai vivenciando a história de Will Reeves (Louis Gossett Jr.) a medida que nós vamos descobrindo mais sobre o personagem que tinha um background vago na Graphic Novel original.
Este Ser Extraordinário é o melhor episódio desde Ela Foi Assassinada Por Lixo Espacial. Com profundidade e muitas referências, incluindo as ‘white faces’ (quando negros precisam clarear a pele para disfarçarem sua cor). É curioso notar o contraste entre a origem quase inocente de Justiça Encapuzada (típica de heróis da era de ouro) com detalhes mais realistas como o fato de ser necessário disfarçar parte do rosto pois os olhos não são como uma máscara do Homem-Aranha.
A obra original de Alan Moore já foi banalizada e desrespeitada muitas vezes. Mesmo sem a bemção do autor original, Watchmen toma um caminho corajoso ao preencher lacunas que nunca interessaram à trama original. Coragem sem competência, é suicídio. Este Ser Extraordinário é competente em prender a atenção do espectador, fazer a história girar e aprofundar seus personagens. É mais uma chance para a história. Será que agora mantém o ritmo ou perde novamente?
Nota: 9