Um Completo Desconhecido (A Complete Unknow) parece ser um daqueles casos de injustica regular no Oscar. O belissimo trabalho de Timothée Chalamet ao encarnar o cantor Bob Dylan chega a assustar em algumas cenas, tamanha a semelhança. Infelizmente, o filme acabou esnobado pela Academia ao não receber nenhum Oscar. Injusto.
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Bob Dylan vive como um andarilho levando sua música pelos Estados Unidos quando decide visitar o cantor Woody Guthrie (Scoot McNairy), que agoniza com doença de Huntington. Ele conhece Pete Seeger (Edward Norton) que o ajuda com abrigo e facilita sua caminhada para conhecer Joan Baez (Monica Barbaro) e sua carreira parece decolar mais rápido do que ele pode ser capaz de lidar sem perder o que pode torná-la brilhante.
De cara, Um Completo Desconhecido acerta ao limitar o recorte que aborda. Em vez de tentar narrar toda vida de um personagem tão complexo, o filme faz um recorte do início da vida adulta de Dylan até o momento que passa a usar guitarras elétricas e se torna mais rock do que folk. Isso compacta a narrativa e ajuda a explicar como ser fiel as suas convicções artistas foi importante para a carreira de Dylan dali para frente. Meritos do diretor James Mangold, que assina o roteiro com Jay Cocks e Elijah Wald.

O filme se torna melhor com o trio Chalamet, Barbaro e Elle Fanning formando uma trindade de luxo. Os dois primeiros foram indicados, mas acabaram perdendo para Adrien Brody (O Brutalista) e Zoe Saldana (Emília Perez). Uma grande injustiça assim como o trabalho dos roteiristas em adaptar a bibliografia Dylan Goes Eletric me parecia mais merecedora do Oscar de Roteiro Adaptado do que Conclave. Fica a expectativa que o público valorize Um Completo Desconhecido.
Nota: 8
Confira o trailer legendado do filme: