Depois de ter lido a trilogia de Magia de Papel e querer jogar o kindle contra a parede durante a leitura do último volume, só peguei The Plastic Magician porque se passa no mesmo mundo, mas traz outra personagem principal. E o melhor, não tem continuação. Em tempo, o livro foi lançado em 2018 e ainda não tem tradução para o português, imagino que a culpa seja do pouco sucesso de Magia Suprema.
SPOILER FREE
Apesar de ter sido um tiro no escuro, considerando o histórico da autora Charlie N. Holmberg nessa série, acho que foi uma decisão muito acertada. De todos os livros ligados à série Magia de Papel, a história de Alvie Brechenmacher é de longe a melhor, e The Plastic Magician é o meu volume favorito. Dessa vez, a autora traz a história de uma menina do interior dos Estados Unidos que consegue passar nas avaliações para se tornar uma estudante de Magia. Filha de um industrial, fã de matemática e extremamente nerd para a época, além de fã de calças, Alvie é uma personagem simplesmente adorável. Além de uma personagem principal fofíssima, The Plastic Magician traz um enredo em torno da ciência e da experimentação, e como esse tipo de corrida pelas novidades no mundo ainda a ser explorado da magia do plástico pode levar as pessoas à ganância extrema. Então, The Plastic Magician ainda tem um jeito mais para o mistério e espionagem industrial do que para a aventura pura e simples.
Para não dizer que ele não tem ligação absolutamente nenhuma com os livros anteriores, a autora fez um uso bastante interessante dos personagens que conhecemos nos volumes de Magia de Papel. Mas o enredo ocorre em torno de personagens novos e que dão todo um colorido muito diferente. Além disso, somos apresentados à forma como a Magia é aceita em outros lugares do mundo, fora da mãe Inglaterra, e como ela convive com a industrialização.
Se eu soubesse, tinha pulado o terceiro livro e ido direto para esse, ou então nem teria lido a série anterior, porque a leitura não é necessária para gostar de The Plastic Magician.
Gostei tanto que voltei a me animar a ler outras coisas da autora, que é bastante prolífica e já tem várias outras séries na lista de best-sellers. Para as editoras, fica a dica de traduzir, para os leitores, vale o esforço no inglês.
Nota 9