Mirror, Mirror é o quarto episódio da segunda temporada de Star Trek, a série original. Embora pouco se fale dele, foi neste capítulo que o roteirista Jerome Bixby estabeleceu o multiverso trekker. Exibido em 1967, o enredo trata de um mal funcionamento do sistema de teletransporte que leva o Capitão Kirk e sua equipe para um universo paralelo em que suas contrapartes são extremente malignas.
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Neste novo cenário, a Enterprise é uma nave do Império da Terra, uma organização onde os oficiais podem até mesmo ser assassinados como forma de punição ou… Promoção. Neste universo o capitão Christopher Pike, líder original da Enterprise, foi assassinado por Kirk ao invés de ser morto em uma missão e substituído pelo personagem.
Mirror, Mirror está em terceiro lugar no Top 10 episódios de Star Trek, do TV Guide. Recorrentemente, a franquia passou a lidar com a situação de que os protagonistas sempre precisariam não apenas morrerem, mas serem assassinados ou traídos de alguma forma. Deep Space Nine revisitou a ideia cinco vezes.
Abaixo um trecho de um desses episódios, extraído do SyFy.com:
Ou seja, se você for uma contraparte de um protagonista de Star Trek, provavelmente, você morrerá. E de um jeito dramático.
Mas por que isso começa a ser tão frequente? Talvez porque Star Trek nunca permitiu que seus personagens mais amados morressem como outras séries o fazem e esta é uma chance dos roteiistas irem à forra. Afinal, matar vilões é sempre mais fácil e o Império da Terra é uma versão autoritária da Federação Interplanetária.
Boa parte da trama de Star Trek: Discovery é dependente deste conceito. Afinal, o Capitão Lorca vem justamente de um universo alternativo e toma o lugar de sua contraparte original em segredo para atingir seus objetivos. Até mesmo a tensão com a Evil Georgiou é bem explorada e quase rendeu um spin-off.
Na linha de tempo dos filmes de JJ Abrams, a Enterprise se torna uma história um pouco mais soturna. Spock perdeu sua mãe e seu planeta Natal assim como Kirk perdeu seu pai George, capitão da USS Kelvin. Tudo alvo de romulanos que viajam no tempo e mudam a linha de temporal clássica.