Regina Duarte assume cultura e fala em diálogo

A quarta pessoa a comandar a Secretaria de Cultura em 14 meses, finalmente tomou posse. A atriz Regina Duarte assumiu o cargo em cerimônia realizada na manhã desta quarta-feira (4), em Brasília. Com sua nomeação, foram publicadas ao menos 12 exonerações de servidores em cargos de chefia, feitas pela gestão Bolsonaro.

Em seu discurso, Regina disse que quer buscar o diálogo e a pacificação do governo com o setor cultural. “Meu propósito aqui é pacificação e diálogo permanente com o setor cultural, com estados e municípios, com o parlamento e com os órgãos de controle”, afirmou a nova secretária. Sua pasta vai comandar cerca de R$2 bilhões.

Ela destacou o aspecto econômico da cultura nacional. “Uma cultura forte consolida a identidade de uma nação. A cultura é um ativo que gera emprego, renda, inclusão social, impostos, acessibilidade e educação. E é nisso que acreditamos”, completou.

Indicação técnica é criticada por Olavistas

Entre os exonerados, Regina tirou Dante Mantovani da presidência da Funarte e colocou Marcos Teixeira Campos na posição. Mantovani havia dito que o rock era um ritmo satânico e não tinha nenhum histórico no meio. Já Campos é profissional de anos da Funarte e já foi coordenador da Escola Nacional de Circo.

A indicação evidentemente técnica sofreu críticas de setores à extrema direita. Terraplanistas (seita que acredita que a Terra não é redonda) e Olavistas (seguidores do astrólogo Olavo de Carvalho) alegam que o cargo deveria ser ocupado por algum fundamentalista ao invés de um profissional do meio.

 

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