Quase um mês depois de revelar que ainda aguarda desculpas, Ray Fisher fez novas revelações sobre os bastidores de filmagens da Liga da Justiça e o racismo que sofreu. Em texto publicado em seu Instagram, o ator citou dois executivos da Warner: Toby Emmerich, Geoff Johns e Jon Berg.
Por que Zack Snyder abandonou ‘Liga da Justiça’?
Confira um trecho do relato de Ray Fisher:
“Quando se trata de questões raciais, sempre procuro dar o benefício da dúvida para os que podem ser ignorantes de seus próprios preconceitos. Mas quando você tem executivos de um estúdio (particularmente Geoff Johns) dizendo ‘não podemos ter um homem negro nervoso no centro do filme’ – e então esses executivos usam seus poderes para reduzir e remover TODOS os negros daquele filme – não têm direito à qualquer direito relacionado à dúvida”, criticou.
Com uma descrição impressionante, ele descreveu que a situação acabou evoluindo para uma rotina de abuso psicológico que pode ser descrita com gaslighting, que consiste em fazer a vítima duvidar de si mesma. O processo ainda envolveu situações humilhantes como pedir para que “interpretasse o Ciborgue como o Quasímodo”, personagem de O Corcunda de Notre Dame, normalmente associado a deformidades e demência além de terem tentado forçar “uma cena a ser refeita para destacar a existência do pênis do Cyborg”.
Ray Fisher fecha seu texto exemplificando Liga da Justiça de Zack Snyder como uma evidência e, ao mesmo tempo, contraponto ao racismo. E que Walter Hamada, CEO da Warner, deve um pedido de desculpas a todos que participaram das investigações. Vale lembrar que o ator ainda não foi atendido ao seu pedido de desculpas e tudo o que o silêncio de Hamada tem obtido é que ele forneça mais detalhes que nenhum fã de quadrinhos gostaria de saber que aconteceu em um filme que deveria ter recebido mais carinho.