‘Bojack’: Primeira ato da sexta temporada ri de tragédia

Bojack Horseman não é uma má pessoa. Aliás, nenhum de nós é. Parte do motivo que os fãs amam a série é justamente porque nos identificamos com o melhor e o pior do personagem. O ator de Horsin’ Around (série fictícia do universo da animação) prejudica a vida de todos ao seu redor e a sua própria, mas busca a sua redenção no caminho final desta última temporada cuja segunda metade estreia em janeiro.

Após vencer o alcoolismo e parar de fugir de seus problemas, Bojack tem uma jornada para se desculpar com todas as pessoas que atingiu ao não enfrentar sua depressão e vício. É um caminho longo e nele, o personagem, dublado maravilhosamente por Will Arnett, vai ter que encarar o fato de que para se tornar alguém melhor, precisa entender como fez coisas horríveis. Raphael Bob-Waksberg, o criador da série, cria uma história que até o fim gera interesse e desenvolve nosso herói.

Herói? Bojack é mais uma pessoa comum, com suas questões e problemas que tem dificuldades de lidar. Se nas últimas temporadas teve a chance de deixar claro que foi vítima de um pais abusivos e de um mercado opressivo, agora ele parece disposto a não esquecer que só ele pode mudar seu próprio final. E tudo isso é hilário. Muito engraçado com um misto de humor negro e de bom gosto, Waksberg anda por uma linha tênue mas sempre sem se desequilibrar.

Mais uma vez, chama a atenção o trabalho de voz de Alison Brie (Mad Men) como Diane e Amy Sedaris (Princess Carolyn). Todos os atores ganham mais espaço em um episódio especial focado apenas em coadjuvantes.

É a reta final de Bojack Horseman. E esta sexta temporada promete que nenhuma ponta ficará solta, todos os conflitos serão resolvidos e Bojack terá que expiar cada pecado. Será que ele consegue?

Nota: 10

 

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