A feira de livros de Londres resolveu responder a esta pergunta. De acordo com o Publish News, esse formato caiu no gosto dos leitores de países como EUA, Inglaterra, Alemanha e Brasil, é claro, por um motivo bem simples: as editoras passaram a investir nisso antes mesmo da demanda surgir. Michele Cobb, da US Audio Publishers Association, ao explicar porque audiolivros fazem tanto sucesso afirmou o seguinte:
Um elemento que explica o crescimento nos EUA é que nós estamos fazendo muitos mais produtos. Nos últimos seis anos notamos um crescimento de dois dígitos tanto em valor quanto em unidades vendidas
Em outras palavras, haveria uma demanda reprimida por audiolivros, que as editoras estão atendendo agora. Claro que cedo ou tarde, essa demanda se estabelece, mas a tendência ainda parece ser de crescimento, especialmente no Brasil.
Michele notou que que entre 2013 e 2017, o número de audiolivros publicados nos EUA dobrou: 46 mil títulos. Em 2017 ainda, o crescimento em valor ultrapassou o crescimento do volume. Ou seja, um crescimento que deve se manter.
Dados oficiais dos eua
De acordo com dados revelados na feira, os audioleitores são, na sua maioria, jovens, que ouvem em diversos apps ou devices e estão ouvindo de novas formas. Nos EUA, 54% dos ouvintes tem entre 18 e 44 anos, uma mudança importante com o perfil dos usuários de audiolivros de 20 anos atrás: a faixa dos 50 anos era a maioria.
Nos Estados Unidos, leitores-ouvintes são também leitores de textos. Nada menos do que 83% deles declararam ter lido pelo menos um livro no último ano. Os 17% restantes, são os que chegaram aos audiolivros por meio de podcasts. E ouvintes de podcasts ouvem o dobro de audiolivros do que aqueles não são.