Estrenado nesta quarta-feira (12), Oxigênio conta a história de uma mulher (Mélanie Laurent) que acorda em uma plataforma criogênica sem pistas ou memória de quem é ou o que está fazendo ali. Sua única companhia é a Inteligência Artificial da plataforma que não lhe dá respostas que ajudem muito. Aos poucos, em uma jornada de descoberta e autodescoberta, ela vai percebendo como chegou até ali e como seguir em frente.
Alexandre Aja (Alta Tensão) tem o desafio de dirigir um filme que se passa quase o tempo todo em um espaço não muito maior que um caixão. Sem perder ritmo ele conta com uma Mélanie Laurent (Esquadrão 6) disposta a entregar ao público todo suspense que a situação merece. É difícil algum momento em que Oxigênio não soe tão claustrofóbico quanto a situação que a sua personagem vive.
Mesmo em um ambiente tão pequeno, os efeitos especiais são parte essencial da trama. Aja aproveita todas as brechas para mostrar que a produção EUA-França não deixa nada a dever a qualquer filme Hollywoodiano, lembrando até em alguns momentos Gravidade, de Alfonso Cuarón e estrelado por Sandra Bullock, com uma claustrofobia que parece ser uma faca apontada para o pescoço do protagonista.
Apesar dos acertos do diretor, é Mélanie que acaba sendo fundamental para o funcionamento da trama. Curiosamente, ela foi a terceira opção para o papel. Anne Hathaway abriu mão e foi substituída por Noomi Rapace, que acabou precisando sair com Oxigênio entrando em pausa mas segue creditada como produtora-executiva. No fim, a estrela da atriz francesa serve perfeitamente na trajetória da personagem. Entre os poucos erros de Aja, está o final feliz quando talvez a história demandasse um pouco mais de sofisticação. Nada que estrague a experiência em si, mas vale a ressalva.
Nota: 8
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