É curioso que O Tigre Branco só concorra ao Oscar de melhor roteiro adaptado no Oscars 2021. Afinal, o filme escrito e dirigido por Ramin Bahrani poderia facilmente concorrer a Oscar de melhor direção e melhor filme internacional no lugar de Druk – Mais Uma Rodada e ainda disputar uma estatueta de atrizes e atores.
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Apesar de tamanha injustiça, O Tigre Branco é bem melhor que a média de filme dos Oscars com uma história bem-humorada e repleta de crítica social, que evoca desde o também indiano Quem Quer Ser Um Milionário? ao consagrado Parasita. O enredo coloca Balram (Adarsh Gourav que sabe-se lá porque não está concorrendo ao Oscar de melhor ator), um membro da casta baixa na Índia que vê uma oportunidade de ascensão social e agarra sem se importar com quem precisa derrubar pelo caminho. Ao se tornar motorista de Ashok (Rajkummar Rao), chega a uma epifania do que precisa fazer para subir ao topo e se tornar quem sempre quis ser.
Baseado em um livro de Aravind Adiga, O Tigre Branco traz um protagonista sem um pingo de moralidade e cheio de falsidade pelo caminho, mas absolutamente apaixonante. Tudo graças ao carisma de Gourav e um roteiro conciso, que nos faz criar empatia por um indiano destinado a sofrer e não ter chances na vida. Ora, quem já não se sentiu da mesma forma?
Grande injustiça só concorrer ao Oscar, O Tigre Branco talvez mereça fazer mais sucesso na sua casa do que na Academia. Só não duvide que se trata de um ótimo filme.
Nota: 10
Confira o trailer:
