Númenor está em perigo. E Galadriel (Morfydd Clark) pode não poder fazer muito para salvar a cidade dos homens que descenderam do elfos. Porém, a guerreira élfica pode não ser suficiente para fazer frente à desconfiança e medo dos homens com o próprio futuro e o do império numenoriano, que tem um fim trágico nos escritos de JRR Tolkien.
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Em outra local, na Terra Média, Erondir (Ismael Cruz Córdova), Theo (Tyroe Muhafidin) e Bronwyn (Nazanin Boniadi) enfrentam os perigos da legião de Orcs sobre a humanidade. É uma trama interessante para o núcleo mais diverso etnicamente de uma série, porém dá a impressão de que Os Anéis do Poder não tem muito o que conta por ali, o que talvez explique porque todos os personagens não são canônicos. Será?
A apresentação de Númenor e sua cidade obedece a alguns problemas da série da Amazon Prime Video: é tudo muito apressado e rasteiro, com direito a uma multidão variando seu posicionamento de dois pontos extremos de vista a partir de discursos improvisados. É apressado e forçado dando a impressão de que tem muita história para contar e é necessário resolver logo esses problemas. O desenrolar do quarto episódio é melhor do que os anteriores, mas não dá a impressão que tem tanta história assim.
Os Anéis do Poder precisa se resolver entre ser uma reverência ao universo de Tolkien e ser uma série de TV de fato. O enredo ainda parece um mero detalhe para nos apresentar um cenário e um background fascinante. Ainda temos que entender porque valeu a pena adaptar a parte menos lapidada da obra do escritor.
Nota: 7