Desde seu início, Os Anéis do Poder parecia ter sérios problemas de ritmo com uma direção que apostava no excesso de slow motion (cenas em câmera lenta) e o recurso de músicas melodramáticas para causar a emoção que cenas não entregam. Se isso vai mudar ou não, só o tempo dirá, mas o quinto capítulo da série finalmente entregou a ação que se espera de uma história derivada da obra de Tolkien.
++ Leia também: Seria ‘O Estranho’ um certo Gandalf?
Com o risco para Númenor cada vez mais iminente, Elendil irá comandar uma expedição que pode salvar a cidade mais poderosa que o mundo já conheceu. Ainda que nenhum homem confie plenamente em Galadriel, a elfa consegue arregimentar uma verdadeira esquadra com soldados em busca de seu objetivo final: encontrar e destruir Sauron.
Apesar do acerto no tom – especialmente nas cenas com Elrond e Durin (talvez o personagem mais carismático da série) e de Erondir e Bronwin – Os Anéis do Poder continua insistindo em efeitos que mostram o problema de apressar uma produção de meio bilhão de dólares. Se bons atores não vão bem em cenas, a culpa não é de quem está na frente das câmeras. Ajudaria bastante também se a série parasse de apostar que o sorriso de Galadriel será suficiente para preencher qualquer cena com o sentimento de estupefação pelos elfos. Peter Jackson mostrou muitos caminhos, mas não esgotou nenhum deles.
A série vai plantando um caminho que vimos nos filmes e livros: o porquê da eterna desconfiança entre elfos e anões, como os antepassados dos Hobbits fortaleceram suas características e muitos mistérios que prometem ser revelados. Um pouco mais de capricho, faria a série ficar melhor sempre e não apenas neste capítulo.
Nota: 8