O ator morreu de causas desconhecidas (oficialmente descrito como “breve doença”), mas seu legado é imortal. Rutger Hauer marcou a cultura pop com participações intensas e memoráveis em que deixou sua marca e se tornou parte do mundo que conhecemos. Vamos lembrar algum deles?
Blade Runner
Personificando o andróide Roy Batty, Hauer teve um de seus papéis de maior sucesso na vida. A clássica fala “como lágrimas na chuva” marcou para sempre a ficção científica nos cinemas assim como o olhar perdido de um inumano que só queria fugir da morte. Nada mais humano.
O Feitiço de Áquila
Um clássico da fantasia, a história de um Cavaleiro e de uma Princesa, condenados a viverem separados entre o dia e a noite sempre foi poético e sublime. Hauer e uma belíssima Michelle Pfeifer tornaram a história inesquecível e a prova de reboots. Como superar um clássico?
Sin City – A Cidade do Pecado
Em um momento de comeback na carreira, Hauer voltava a estrelar grandes produções. Fosse pela generosidade de Robert Rodríguez ou pela necessidade de uma adaptação de quadrinhos contar com o máximo de grandes nomes, o ator aproveitou. Seu padre insano é um dos melhores momentos de um filme que marcou a última década.
Fúria Cega (Blind Fury)
Boa parte da filmografia de Hauer talvez não mereça a atenção ideal. Muito antes de Demolidor receber atenção de produções audiovisuais, o ator vivia Nick Parker (um nome cheio de referências marvetes), um samurai sem visão. As cenas de ação e histórias foram tão memoráveis que fica difícil de entender porque o filme nunca teve uma continuação. Ou a devida atenção.
Confissões de uma mente perigosa (Confessions of a Dangerous Mind)
Como Keeler, Hauer entra em uma história com um elenco estelar de um filme talvez pouco mencionado. Chuck Barris (Sam Rockwell), um famoso apresentador da TV americana, tem duas vidas paralelas: apresentador de TV durante o dia e assassino contratado pela CIA durante a noite. Fantasia ou realidade? No enredo, ele se embrenha e se satisfaz com o sucesso que tem na televisão e com a adrenalina de ser um agente secreto. Dividido entre a mulher que o ama (Drew Barrymore) e uma misteriosa espiã (Julia Roberts), seus programas começam a ser criticados de corromper a TV ao mesmo tempo que se vê jurado de morte por um agente traidor. Ele vai precisar retomar o controle de sua vida. De ambas. É uma produção marcante da vida de Hauer até pelos nomes envolvidos, porém fez bem menos sucesso no Brasil e no exterior do que pensaria.
Batman Begins
A maior trilogia do homem-morcego já filmada estabeleceu um marco difícil de ser superado. Hauer aproveitou o momento para marcar seu retorno às grandes produções e, mais uma vez, com um personagem de histórias em quadrinhos.
A Morte Pede Carona (The Hitcher)
O cinema americano tem uma vocação de divulgar valores morais (usualmente conservadores) e de fazer todos temerem situações comuns. Não é diferente com A Morte Pede Carona (The Hitcher) em que John Ryder (Hauer) é um psicopata que mata todos os incautos motoristas que lhe dão carona. O jovem Jim Halsey (C. Thomas Howell) consegue escapar, mas Ryder vai em seu encalço e deixa um rastro de morte no caminho. E, para completar, a polícia confunde o motorista com o caronista… Sempre vi muita relação com um outro filme: Encurralado, de Steven Spielberg.
Buffy: A Caça-Vampiros
Pouca gente se lembra deste filme. Apesar de conter as ideias originais de Joss Whedon, que depois repetiu a personagem em uma série de TV de grande sucesso, a produção seguiu o caminho da comédia. É difícil entender como Hauer topou participar de um filme B, que ganhou ares de cult. Mas seu vampiro Lothos está lá.
