Depois de uma primeira temporada indispensável, a segunda temporada de O Método Kominsky traz como grande desafio retomar manter o nível alto que a criação de Chuck Lorre (Two and a Half Men) criaram. Desta vez, Sandy (Michael Douglas) precisa lidar com sua saúde novamente e tentar reconquistar Lisa (Nancy Travis). E ainda dar aula para seus ator no Studio Kominsky.
A sequência de O Método Kominsky tem como maior mérito não fazer grandes mudanças em relação ao que deu certo na primeira e resolvendo alguns conflitos da primeira, como os problemas de alcoolismo de Phoebe (Lisa Edelstein, de House). Temos os personagens coadjuvantes ganhando mais espaço como, por exemplo, Norman (Arkin) descobrindo um novo amor: Madeleine (Jane Seymour) e Mindy (Sarah Baker) vivendo um romance com um namorado da mesma geração do pai: Martin, vivido por Paul Reiser (Mad Bout You e Stranger Things).
Aliás, as participações especiais são um capítulo a parte nesta segunda temporada. Bob Odenkirk (o advogado Saul Goodman de Better Call Saul e Breaking Bad) e Haley Joel Osment (O Sexto Sentido) têm momentos importantes assim como Kathleen Turner, que faz uma aparição rápida como ex-esposa de Sandy e mãe de Mindy. Até mesmo uma citação rápida a Two and a Half Men surge. No mesmo grau de acerto está o bom trabalho de tradução no Brasil, adaptando bem piadas que só fariam sentido em inglês sem afetar o humor da série.
O Método Kominsky é uma série para rir da inevitabilidade da morte e do envelhecimento. Se existe algum drama nesta comédia, é justamente do que os personagens mais riem. Imperdível.
Nota: 10
