Depois do sucesso de Contentamento, Douglas Abrams decidiu dar segmento com uma coleção chamada Ícones Globais. Então, para continuar no tema do Desafio Literário de Dezembro, trouxe o segundo volume: O Livro da Esperança (The Book of Hope), que traz entrevistas com ninguém menos que Jane Goodal.
Jane dispensa apresentações, sendo o nome mais conhecido no estudo da vida selvagem, especialmente primatas. Tendo percorrido o mundo inteiro transmitindo a importância da preservação ambiental, pode ser um tanto chocante que aos 90 anos, tendo visto tudo o que viu, ela consiga sentir esperança. E é por isso mesmo que Jane foi a pessoa perfeita para falar sobre o tema.
As conversas entre Jane e Douglas para o livro aconteceram em três etapas, em três lugares diferentes: Na casa de Jane na Tanzânia, em um chalé na Holanda e online, com ela na Inglaterra e ele nos Estados Unidos. A primeira vez que as conversas foram interrompidas foi porque o pai de Douglas ficou doente e veio a falecer. A segunda foi com a intenção de terminá-las na casa de Jane na Inglaterra, mas o lockdown causado pela pandemia de Covid-19 mudou os planos. Ironicamente, foi o período em que conversas sobre esperança se tornaram indispensáveis.
Dentre as razões de Jane para manter a esperança ela destaca quatro pilares: O maravilhoso intelecto humano, a resiliência da natureza, o poder dos jovens e o indômito espírito humano. Intercalando histórias da sua vida com histórias que viu e ouviu pelo mundo, Jane nos mostra que mesmo em meio aos horrores e tempos difíceis há motivos para ter esperança. E, principalmente, que ter esperança está longe de apenas esperar que as coisas aconteçam. A esperança é um impulso para a ação.
O Livro da Esperança foi publicado no Brasil pela Editora Sextante, podendo ser encontrado nos formatos físico e digital. Um ótimo livro para sempre revisitar e também presentear.
Nota: 10