A produção de O Homem Invisível poderia ser um enredo sobre a própria filmagem de tantas situações que ocorreram. Primeiro, a tentativa de recriar uma franquia de quase um século (o filme original é de 1933), depois o envolvimento de Johnny Depp que acabou saindo por problemas particulares e, na sequência, a pandemia do novo coronavírus, o covid-19, que prolongou as filmagens. Sem tantos problemas, não haveria o envolvimento de Elizabeth Moss que tornou esta produção tão diferente do original.
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Tradicionalmente, O Homem-Invisível é um enredo sobre um cientista que enlouquece diante do poder de não ser visto. Mesmo a mais recente O Homem Sem Sombra, com Kevin Bacon, seguiu esta direção. Aqui, a história com Elizabeth Moss seguiu um caminho completamente diferente se transformando em um filme de ficção científica e de terror que vale a pena, que nós já até indicamos por aqui.
Com roteiro e direção de Leigh Whannell, a história fala sobre a jovem Cecilia Kass (Elizabeth) que consegue escapar de um relacionamento abusivo com Adrian Griffin (Oliver Jackson-Cohen), que é dado como morto em um suicídio meses depois. Redescobrindo como é ser livre, ela começa a perceber que circunstâncias recorrentes parecem indicar que Adrian não só está vivo como pode estar por perto sem que ninguém possa vê-lo.
Até o fim, Whanell consegue nos surpreender com reviravoltas que tornam O Homem-Invisível uma produção para lá de envolvente. Em nenhum momento, o enredo deixa de ser um veículo para Elizabeth brilhar e não há problemas nisso. Ela encaixa com perfeição no papel dramático.
É justamente na estrela de Elizabeth que O Homem Invisível surpreende ao se tornar não apenas uma alegoria de uma relação abusiva, mas também uma história sobre empoderamento. Cecilia pode ser uma vítima, mas é bem mais do que isso. Só mesmo uma atriz sensacional para dar todas as nuances desta trajetória.
Nota: 10
Confira o trailer: