O Estúdio é a consagração absoluta de Seth Rogen não só como um grande organizador de produções marcantes (The Boys e The Preacher, por exemplo) mas como também um ator. Rogen já havia provado isso com sua atuação em Os Fabelman, mas a série do Apple TV+ o coloca como protagonista de sua própria criação. E ele vai bem demais, assim como a série.
Caindo quase de para-quedas como diretor da Universal Pictures, o estúdio do título, Matt Remik (Rogen) passa a viver as agonias e delícias de um produtor-executivo que ama o cinema, mas precisa trata-lo como produto todos os dias. Durante os oito episódios da série ele precisa derrubar atabalhoadamente um projeto de Martin Scorcese para garantir que um projeto que possa ser o próximo Barbie siga em frente, bater de frente com diretores que respeita e, finalmente, perceber que não, ele não é um artista. Ou é?
A série tem episódios bons, outros nem tanto e, pelo menos, dois que são brilhantes. Não por coincidência são o penúltimo e último episódio que fazem a produção terminar de um jeito inacreditavelmente bom. Tudo isto contando com uma atuação divertidíssima de Bryan Cranston (Breaking Bad) e repleto de participações especiais que vão de Zoe Kravitz a Dave Franco. E, claro, vários diretores que interpretam a si mesmo e dão um realismo ainda mais fantástico ao seriado.
Se você ver que Rogen se lançou em comédias como O Virgem de 40 Anos e Ligeiramente Grávidos, produziu muita coisa boa e agora faz uma série que ri do próprio universo de criadores de Hollywood vai começar a pensar que O Estúdio talvez seja a sua consagração definitiva. Ele produz, escreve e dirige grande parte da série que protagoniza. É a grande estrela e parece mesmo que toda sua carreira o trouxe até aqui. Se Matt Remik é um sujeito que nenhum diretor gostaria de trabalhar, Rogen parece ter o lendário toque de midas hollywoodiano.
Nota: 9
Confira o trailer de O Estúdio:
