Indicado ao Oscar 24, Napoleão é um daqueles filmes que te desafia a desconfiar da necessidade. Sejam em cenas de sexo propositalmente sem graça entre Josephine (Vanessa Kirby. que assumiu o papel no lugar de Jodie Comer) e o personagem-titulo vivido por um Joaquin Phoenix, logo depois do Oscar por Coringa e sem muito esforço além de ostentar uma barriguinha fake e gritar muito. O diretor Riddley Scott sequer garantiu falas em francês mas, curiosamente, inseriu musicas francesas. Coerência. Só que ao contrário.
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Acompanhando a ascensão do lider militar entre a decapitação de Maria Antonieta e seu fim solitário em uma ilha isolado de qualquer poder e sem contato com o restante da França. Trata-se de uma produção que em todo seu tempo deprecia a lenda com cenas que mostram que: ele não era tão corajoso assim, deu muita sorte, era ruim de cama (o que não é bem uma novidade para quem se interessa por esse tipo de curiosidade) e por ai vai. Fica mais curioso ainda lembrar que alguns desses fatos são bem conhecidos se lembrarmos que Scott se irritou com as queixas sobre fidelidade.
As cenas de ação mostram do que Scott pode ser capaz (o filme concorre ao Oscar de efeitos visuais e design de produção), mas acrescentam pouco ao cinema. Na verdade, nada do filme parece somar muita coisa para a carreira do diretor ou do Oscar este ano. é um filme chato e longo.
Apesar de parecer quase interminavel, a coisa boa sobre Napoleão é que, sim, o filme termina. Infelizmente, sem acrescentar ou desenvolver os porquês da adoração ao general-imperador. Lógico que nos dias de hoje seria interessante entender o que leva um povo inteiro a guerras e a um pulsão de morte, mas não é o caso. Com cenas de guerra, mortes, sangue e uma contagem de vitimas no final sem muito o que pensar ou debater além da vontade de ridicularizar um ditador o que, como sabemos, pode acabar tendo o efeito inverso.
Nota: 5
