Hoje é o Dia Internacional da Mulher. Um dia em que muitos enviam felicitações fofinhas pelas redes sociais e enviam chocolates e flores para as mulheres que lhe são importantes. Agradeço os que recebo, mas vejo essa data muito mais como um dia de conscientização do que de celebração. Por isso decidi indicar três livros que servem como manifesto à causa feminista.
Mulheres: Retratos de Respeito, Amor-próprio, Direitos e Dignidade
A artista brasileira Carol Rossetti ficou famosa nas redes sociais por causa de suas ilustrações de mulheres com frases de impacto. O sucesso lhe rendeu uma matéria na CNN, e em 2015 a Editora Sextante transformou em livro. Dividido em seis temas (Corpo, Moda, Identidade, Escolhas, Amores e Valentes), a obra ressalta a pluralidade do que é ser mulher e a importância do respeito. Uma leitura rápida, mas profundamente marcante.
Inferior é o Car*lhø: Eles sempre estiveram errados sobre nós
Escrito pela jornalista científica britânica Angela Saini, esse é aquele livro que você vai querer esfregar na cara de todo macho escroto que já cruzou e cruzará seu caminho. Certo, talvez não esfregar na cara. Mas recomendar uma leitura atenciosa. Publicado no Brasil pela DarkSide Books em 2018, o livro desmistifica crenças tidas como fatos universais sobre a inferioridade da mulher perante o homem. E faz isso mostrando o quanto estudos científicos a respeito foram tendenciosos. Afinal, por muito tempo a ciência foi um campo quase exclusivamente masculino. Mas as coisas estão mudando.
Estrelas Além do Tempo
O livro que deu origem ao filme de mesmo nome conta uma história real, encantadora e inspiradora. Escrito por Margot Lee Shetterly e publicado aqui em 2017 pela HarperCollins Brasil, o livro revela uma face da NASA que até então era pouquíssimo conhecida. A das mulheres negras que eram computadoras da Agência Espacial. Principalmente Katherine Johnson, Dorothy Vaughan e Mary Jackson. A forma como essas mulheres foram imprescindíveis na corrida espacial deve ser do conhecimento de todos. Assim como os preconceitos que tiveram que enfrentar mesmo numa agência científica do Governo.
É uma leitura um pouco lenta, já que possui bastante detalhes, mas vale muito a pena.
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