M. Night Shyamalan era um ilustre desconhecido até que seu nome surgiu porque todo mundo tinha que assistir um filme sem que ninguém explicasse o porquê. Afinal, falar sobre O Sexto Sentido poderia significar spoilers. E isso tiraria todo impacto. Todo?
Lançado em agosto de 1999, O Sexto Sentido impactou toda uma geração. Saltando de um drama familiar para um filme de terror autoral, a dupla Bruce Willis (Dr. Malcolm Crowe) e Haley Joel Osment (Cole Sear) tinham entrosamento e o contraste ideal. Willis parecia deixar de ser apenas um astro de ação e Haley Joel era quase irresistível como ator (Steven Spielberg o chamaria para Inteligência Artificial na sequência).
O eu-vejo-pessoas-mortas marcou cada espectador assim como o final apoteótico em que o Dr. Malcom percebe que morreu. Mas mesmo sabendo o final, O Sexto Sentido ainda funciona como uma tragédia dramática, repleta de misticismo e espiritualismo. Afinal de contas, o que os mortos querem?
Shyamalan nunca mais foi visto por Hollywood da mesma maneira. Até então, executivos o conheciam como roteirista responsável por… Stuartlitle, um filme infantil sobre um ratinho. Exigindo ser o diretor do próprio projeto. Em entrevista ao Hollywood Reporter sobre a data, o diretor descreveu a audiência de Osment como “mágica”:
Quando deixei a sala, disse ao diretor de elenco: ‘não sei se quero fazer o filme se não for com aquele garoto’
M. Night Shyamalan
Nos Estados Unidos, O Sexto Sentido foi o segundo filme mais lucrativo em 1999, atrás apenas de Star Wars: Episódio I – A Ameaça Fantasma. O filme foi indicado ao Oscar em seis categorias: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Roteiro Original, Melhor Ator Coadjuvante (Haley Joel Osment), Melhor Atriz Coadjuvante (Toni Collette) e Melhor Montagem.
Nota: 9