O tema do Desafio Literário Popoca de julho é Graphic Novel, e estou aproveitando para tirar várias leituras atrasadas da estante. Entre elas o quadrinho nacional Guadalupe!
Escrito pela poetisa Angélica Freitas (que eu já li um dos livros de poesia) e desenhado por Odyr Bernardi, ambos gaúchos, Guadalupe me pareceu uma escolha fantástica.
spoiler free
Mas nada me preparou psicologicamente para dois gaúchos escrevendo sobre cultura mexicana. Conhecendo um pouco os clichês que os norte americanos usam do México, confesso que eu esperava algo mais interessante do que encontrei em Guadalupe. Fiquei chocada em ver basicamente os mesmo clichês com um toque um tanto brasileiro em cima e com jeito de tentar parecer um pouco mais moderninho.
Não ajuda o fato que a melhor personagem de toda a história é a que está no caixão durante toda a viagem que realmente é a história por trás da Graphic Novel.
Talvez se a obra fosse mais longa e se aprofundasse nos dramas apresentados apenas de relance, o resultado fosse melhor, mas do jeito que ficou, mais parece um esboço de uma história com potencial do que uma Graphic Novel bacana de ler do início ao fim. O pior é que nem chega no final com jeito de quero mais, isso seria legal se tivesse mais para ler depois, mas com a sensação de “mas é só isso?”, e sim, é só isso.
Confesso que esperava mais de Angélica. Do Odyr nem falo nada porque desconheço o seu trabalho, e esse não me ajudou a querer conhecer mais.
Nota 4.