Filme que completou vinte anos em 2019. O Sexto Sentido (1999) possui um final que ainda suscita debates. Para quem não lembra: no fim do filme, o Dr. Malcolm Crowe (Bruce Willis), descobre que está morto(!). O filme conta a jornada do psicólogo infantil tentando ajudar o jovem Cole Sear (Haley Joel Osment), que afirma ver espíritos de pessoas mortas. Durante o filme, Crowe trabalha com Cole para entender suas visões e ajudá-lo a lidar com esses fantasmas. No entanto, Crowe começa a perceber inconsistências em sua própria vida, como a falta de comunicação com sua esposa e eventos que não fazem sentido.
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A reviravolta acontece quando Crowe finalmente percebe que ele mesmo é um dos mortos que Cole vê. Em uma cena chave, ele se lembra do momento em que foi baleado no início do filme, revelando que não sobreviveu ao ataque. A percepção é chocante tanto para o personagem quanto para o público, pois o filme faz uso magistral de pistas sutis que só fazem sentido após essa revelação. Ao longo do enredo, Crowe nunca interage diretamente com ninguém além de Cole, um detalhe que só se torna óbvio ao se assistir novamente e choca no final de O Sexto Sentido.
O filme e seu desfecho sugerem interpretações relacionadas a redenção e aceitação porque Crowe não apenas ajuda Cole a aceitar seu dom, mas também faz as pazes com sua própria morte, completando seu arco e jornada. Essa descoberta permite que Crowe finalmente “parta” em paz depois de se declarar e se despedir de sua esposa, enquanto Cole começa a aceitar melhor sua habilidade, sugerindo uma nova fase em sua vida.