Enola Holmes existiu? Bem que podia…

Personagem de ficção dá muito certo em filme da Netflix

Enola Holmes, assim como Sherlock Holmes, nunca existiu. O detetive mais famoso do mundo, criado por Conan Doyle, se tornaram sinônimo de inteligência e capacidade dedutiva. Então por que criar uma irmã, se no original o personagem nunca teve um? O objetivo é o mesmo da produção da Netflix.

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A fanfic criada em 2006 por Nancy Springer e, que rende um processo para a Netflix, veio para trazer uma personagem feminina em um universo tipicamente masculino. O universo de uma Inglaterra vitoriana cheia de crimes que podem redefinir o mundo é sempre formado basicamente por homens. As histórias de Doyle eram assim. Mesmo histórias modernas como A Liga dos Homens Extraordinários, de Alan Moore, são sempre com foco nos homens.

É por isso que ter Millie Bobby Brown (Stranger Things) como protagonista em um filme com Henry Cavill (The Witcher) e Louis Partridge (Masters of Florence)  se torna relevante. É uma atriz jovem e adolescente, que vem obtendo papéis de destaque de acordo com sua idade em um caminho parecido, por exemplo, com o de Jodie Foster. Só que desta vez, o cinema quer mais histórias femininas.

Enola Holmes é uma história feminina na Netflix como o momento do cinema pede

A história assume muito pouco do universo original, tornando a referência a Holmes quase banal. Porém, Enola é uma personagem interessante e cativante com ou sem este sobrenome. E esse é o maior mérito de Enola Holmes: trazer uma heroína absolutamente protagonista de uma história interessante, com jeito de franquia. Resta saber se as histórias de Nancy serão adaptáveis ao crescimento de Millie, que já não é mais aquela criança que interpretou Eleven em Stranger Things.

Nota: 7

Confira o trailer:

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