Há três anos, um estudo divulgado pela Variety, revelou como Stranger Things, que estreia sua nova tempora esta semana, é importante para a Netflix. Se muita gente ainda pensa em audiência como simplesmente a quantidade de pessoas que assistem uma produção para a plataforma de streaming há impactos maiores. Mas quais seriam esses dados que se igual ou superam aos tradicionais de audiência em um momento que a empresa cancela produções e perde assinaturas?
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De acordo com a pesquisa da Cowen & Co, empresa de Wall Street, 13% de antigos usuários do Netflix voltaram para a plataforma para assistir a terceira temporada. Ou seja, mais de dez por cento de usuários que haviam cancelado suas assinaturas resolveram voltar a pagar a mensalidade da plataforma (que já não é mais tão barata) somente para ver Stranger Things. Vale lembrar que a produção é exclusiva do streaming e que esses dados correspondem apenas aos Estados Unidos.
Na época da pesquisa, mais de 40 milhões de usuários assistiam ao seriado e 18 milhões já haviam terminado. E ainda havia 51% dos atuais usuários planejam assistir à nova temporada e quase 5% dos consumidores de streaming que não eram assinantes da Netflix planejavam se inscrever. 13% dos ex-assinantes disseram ainda que planejam retomar a assinatura. A pesquisa foi feita com 2500 consumidores americanos e se torna ainda mais importante em 2022 quando a empresa avisou aos acionistas que perdeu 200 mil assinantes, diminuindo o tamanho da sua base pela primeira vez em anos. Há quem culpe a pirataria (como sempre), o aumento de preços da plataforma, a entrada de cada vez mais concorrentes neste mercado e até mesmo a guerra da Ucrânia, já que os serviços na Rússia foram suspensos em represália. Neste último caso, porém, a Netflix foi lançada em território russo há cerca de um ano apenas.
Maior plataforma de streaming do mundo, a Netflix viu o setor de streaming ganhar uma forte concorrência nos últimos anos. Além de altos investimentos da Apple+, Amazon Prime Video e Disney+, a plataforma também ganhou a concorrência da HBO Max e Star+. Vale lembrar que há ainda disputas regionais como no Brasil, onde a Globoplay segue investindo forte em produções nacionais e aumento do seu catálogo.