Desde o início Gen V, um spin-off da série The Boys, precisava se comunicar com a produção original mas ao mesmo tempo apresentar alguma coisa diferente. Enfim, desenvolver sua própria base de fãs com uma história e um estilo original. Como conseguir, especialmente quando lembramos que no universo dos quadrinhos há pouquíssima referência aos V-Men, que inspiraram a série.
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Se The Boys não esquentava muito para explicações científicas, Gen V vai no extremo oposto virando muitas vezes uma série de ficção científica com os superpoderes tendo funcionamentos incomuns. Emma/Grilinha (Lizze Broadway), por exemplo, pode encolher e aumentar de tamanho mas ao contrário do Homem-Formiga da Marvel, aqui a produção explica como ela abre mão e recupera massa corporal: vomitando ou ingerindo altas doses de comida, o que nos leva a uma situação clara de anorexia nervosa. Mas também há uma explicação convincente.
Outro exemplo, Marie (Jaz Sinclair) descobre seus poderes na adolescência durante sua menstruação. Porém, é apenas na faculdade quando explora seu potencial que ela percebe a extensão dos seus poderes com o sangue. Mais do que solidificar e manipular hemáceas telecineticamente, ela consegue perceber condições médicas e até acelerar a coagulação ou criar lesões, digamos, irreversíveis em algumas pessoas.
Tudo em Gen V parece ter mais pés no chão que The Boys, quando até um super-herói capaz de explodir como uma bomba atômica parece não criar um rebuliço que não dê para se resolver depois. Até mesmo a presença recorrente de um cientista, o Dr. Edison (Marco Pigossi), vai indicando que esta é uma série bem diferente do gênero.
Gen V se passa no mesmo mundo da série The Boys e expande o universo para a Universidade Godolkin, uma faculdade de prestígio só para super-heróis em que os estudantes são treinados para serem a próxima geração de heróis – lucrativos de preferência. Você já sabe o que acontece quando heróis se tornam maus, mas nem todos eles começam de maneira corrupta. Além do típico caos na faculdade de tentar se encontrar e festejar, esses jovens se encontram em situações explosivas… literalmente. Enquanto os estudantes visam popularidade e boas notas, fica claro que as consequências são muito maiores quando os superpoderes estão envolvidos. Quando o grupo de jovens heróis descobre que há algo sinistro acontecendo na escola, eles são postos à prova: Eles serão os heróis ou vilões de suas histórias?