Clube da luta feminista é um livro perfeito para leituras antes de dormir, capítulos curtos e divertidos, sem linha narrativa que tire o sono. E de quebra, cheio de ideias interessantes para colocar em prática em casos de sexismo no local de trabalho (quem nunca?).
SPOILER FREE
A melhor parte do livro, entretanto, é a parte de dados estatísticos (como não achar isso sendo estatística?), visto que nem sempre as ideias são muito aplicáveis quando você é a única mulher numa reunião, por exemplo. Ou quando algumas sugestões não fazem muito sentido fora da cultura estado-unidense. Mas estatísticas são sempre úteis, e estatísticas de um país que a maioria no ambiente corporativo julgam como o máximo, perfeito ou muito melhor que o Brasil são ainda melhores, porque se lá a coisa é feia, imagine aqui.
Agora, o livro é dividido em temas, uma parte dedicada apenas a estereótipos masculinos sexistas (entre os objetivamente sexistas e os que não percebem que o são), outra apenas a estereótipos femininos (no sentido de você perceber que as coisas não são bem assim e como fugir deles), tudo com muito bom humor e sempre incentivando o sentimento de sororidade.
Tudo muito lindo e muito divertido, mas um tanto quanto repetitivo, visto que segue uma formuleta: primeiro uma descrição engraçada, depois uma lista de sugestões de como tratar o problema, de vez em quando tem uma ilustração legal no meio.
E no final do livro tem uma lista que eu curti particularmente. Uma lista de movimentos e grupos feministas ao longo da história (mas basicamente a partir do século XIX), cheio de ideias e atitudes sensacionais. É uma grande lista de realizações de mulheres poderosas e cheias de atitude! Dá gosto de ler.
A notícia boa é que foi lançado no Brasil esse ano! Quase pulei de felicidade quando cruzei com os exemplares numa livraria!
Precisamos de mais livros e grupos e atitudes assim.
Nota 9,5.