Hoje, Antonio Banderas chega aos 60 anos. Símbolo de latinidade, o ator espanhol conseguiu se firmar como uma cara de Hollywood que deixou os filmes menos caucasianos e mais universais do que nunca. Para comemorar a data e lhe desejar boa recuperação, listamos cinco personagens inesquecíveis que se tornaram sua própria cara.
Armand (Entrevista com o Vampiro)
O personagem deve ser revivido na série de As Crônicas Vampirescas que a AMC deve produzir. Porém, é difícil imaginar Entrevista Com o Vampiro sem o brilho de Banderas como Armand, um vampiro milenar que precisa de outros mais jovens para se adaptar aos novos tempos.
Amade ibne Fadalane (O Décimo-terceiro guerreiro)
Em 1999, o despretensioso Décimo-terceiro guerreiro se tornou um cult entre a comunidade de nerds cinéfilos. Infelizmente, a produção foi muito mal-sucedida em bilheteria comprometendo seu futuro nos cinemas. Baseia-se no romance Eaters of the Dead, de Michael Crichton, como uma espécie de recontagem da lenda Beowlf, mas com ares globais: há diálogos em árabe, dinarmaquês e até inglês, claro.
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Banderas é Amade ibne Fadalane, guerreiro que é exilado por se envolver com uma mulher comprometida e acaba lutando ao seu lado como personagem de uma antiga profecia. Ali, mostrou que tinha talento para filmes de ação e espadao que nos leva a…
Zorro (A Máscara do Zorro)
Personagem latino mais famoso da cultura norte-americana, Zorro parece uma espécie de senso de justiça para garantir representatividade nas telas. Talvez a escolha de um europeu não seja a melhor escolha para viver Don Diego, mas A Máscara de Zorro tem problemas mais graves de representatividade como o britânico Anthony Hokins e a galesa Catherine Zeta Jones. Antonio Banderas garante o personagem com toda personalidade mítica e hoje é difícil imaginá-lo com outro ator.
El Mariachi (A Balada do Pistoleiro)
A sequência de El Mariachi coloca Banderas no papel-título do obscuro filme de Robert Rodríguez. Desta vez, Banderas é o misterioso músico que está atrás de quem devastou sua vida. Qualquer outro ator, faria A Balada do Pistoleiro ser uma comédia-trash, mas Banderas dá não apenas o tom certo da dramaticidade como também de verossimilhança em cenas de ação.
O filme já nasceu clássico.
Salvador Mallo (Dor e Glória)
Em Dor e Glória, Salvador Mallo (Banderas) é um diretor de cinema em declínio físico, artístico e produtivo que começa a relembrar sua vida e carreira desde sua infância na cidade de Valencia, nos anos 60. Ele tem lembranças claras e poéticas de seus primeiros amores, seu primeiro desejo homossexual, sua primeira paixão adulta na Madrid dos anos 80 e, é claro, seu interesse precoce no cinema e na arte, como forma de manifestação.
O personagem evoca o próprio Pedro Almodóvar, cuja carreira se confunde em muitos momentos com a de Banderas. Os dois se renovam e se ampliam mutuamente como artistas geniais quando trabalham juntos. Sorte a nossa.