Cinco coisas sobre She-Ra que você precisa saber

Versão clássica marcou época assim como reboot da Netflix

Depois do sucesso de He-Man, She-Ra veio para repetir o sucesso com crianças do sexo feminino. Embora o príncipe de Etérnia tivesse personagens femininas, era basicamente focado no alter-ego de Adam. Enquanto isso, mesmo os personagens masculinos da Princesa do Poder existiam para atender as meninas como o Arqueiro, Ventania etc.

++ Leia também: Por que não comparar as novas versões de He-Man e She-ra?

Lançado em 1985, dois anos depois de He-ManShe-Ra influenciou toda uma geração de meninas e até gerou um ótimo reboot da Netflix. Contudo, tem coisas do desenho original que pouca gente sabe e você precisa ler agora mesmo:

She-Ra é mais poderosa que He-Man

É um longo debate se She-Ra é mais forte que o He-Man, não encontramos um episódio com os dois que deixasse isso claro mas é razoável supor que por ser homem, ele levasse alguma vantagem. Porém, enquanto “o homem mais poderoso do universo” só apresentava um portfólio de superforça, She-Ra tinha, por exemplo, a habilidade de se comunicar telepaticamente com outras criaturas.

Sim, como Aquaman. Mas não era só com peixes…

Talvez você ache isso pouco mas pense que Etérnia e Etérea eram reinos para lá de inóspitos com criaturas monstruosas o tempo todo. Mais de uma vez She-Ra resolveu enormes conflitos com… O poder da mente! Além de ser capaz de curar criaturas (ela restaura as asas de um unicórnio, por exemplo) a espadas de She-ra podia se transformar em qualquer coisa: desde corda até um escudo indestrutível, capaz de resistir a reentrada na atmosfera caindo do espaço (aliás, também se transformar em um capacete para respirar por lá.).

Ela deveria usar máscara

Sim, esta tiara era uma para ser uma máscara na verdade.

Originalmente, a tiara de She-ra seria uma máscara como havia em sua action figure. A ideia era que Adora abaixasse a tiara e se convertesse em She-Ra. Sim, como acontece com a vilã Felina, que se transforma em uma pantera. O problema é que na hora de testar as crianças não gostavam de esconder o rosto da heroína. A solução de design foi manter apenas como tiara.

Seus roteiristas também era melhores

She-ra tinha gente muito boa por trás do show. Além da escritora Barbara Hambly (que escreveu uma personagem homônima em sua série de livros e acabou contribuindo com um episódio), um nome marcante era Larry DiTillio. Ele foi um dos produtores executivos de Babylon 5.

Aliás, J. Michael Straczynski (foto), criador da série espacial, também trabalhou em She-Ra. Ele já contribuiu com filmes como Thor e Guerra Mundial Z além de Sense8. Fora isso, sua fase de Homem-Aranha foi uma das mais marcantes do personagem nos quadrinhos da marvel.

She-Ra quase apareceu no filme de He-Man

Um ano depois de seu desenho, a Princesa do Poder quase ganhou uma versão em carne e osso. Um filme live-action estrelado por Dolph Lundgreen comoHe-Man teve mais de 22 milhões de dólares de orçamento, uma quantia digna de muitos filmes de super-herói da época. Por exemplo, Superman contou com pouco mais que o dobro desse valor. Enquanto Batman, o filme, lançado dois anos depois, teve 35 milhões de dólares.

Ao lado, você pode conferir um dos desenhos de artes da produção do filme, há outros aqui. publicados pela Heavy Metal. O design de seu figurino piora em termos de objetificação feminina, mas é curioso ver uma guerreira com uma roupa tão ruim para correr. Infelizmente, os produtores acharam que He-Man: Mestres do Universo teria muitos personagens com o alter-ego de Adora e preferiram deixa-la para uma sequência. O filme teve cerca de 17 milhões de dólares em bilheteria e enterrou a franquia nos cinemas mesmo depois de alguns reboots na animação.

She-Ra foi acusada pela decadência comercial das franquias (o que não faz sentido)

Do seu lançamento até 1986, a franquia He-Man & She-Ra lucrou cerca de 400 milhões de dólares. Até que veio 1987 e os produtos relacionados caíram para sete milhões de dólares. As explicações acabaram não sendo muito precisas, mas teve gente que aproveitou para justificar seus próprios preconceitos.

No documentário, The Toys That Made Us, da Netflix, Dave Capper, diretor de marketing da Mattel em produtos para meninos, justificou o declínio porque… “começamos a receber o feedback que se uma criança de oito anos estava brincando com He-Man por dois ou três anos e agora sua irmã dizia ‘Eu tenho o poder’ era algo que não estava parecendo mais tão legal'”.

Risos.

Ora, quantos irmãos teriam irmãs? E será mesmo que alguma criança brinca por mais de dois ou três anos com o mesmo brinquedo? Pessoalmente, este redator abandonou os bonecos de He-Man pelos de Comandos em Ação, que eram bem mais articulados, e Super-Powers, que tinham os heróis da DC que lia. Felizmente, houve uma resposta da própria Mattel. Janice Varney-Hamlin, diretora de marketing de bonecas da empresa, resumiu a opinião de Capper como “a teoria mais ridícula que já ouvi na vida”. Mas o que será que aconteceu? O então vice-presidente da Mattel Mark Ellis deu uma explicação mais coerente.  “Começamos a ter um mix desproporcional de personagens terciários nas prateleiras e nenhum de He-man ou Esqueleto… Então as novas crianças que chegavam não podiam começar a coleção adequadamente e foi isso que levou a grandes estoques e, em seguida, ao produto em geral caindo”. Inclusive, até hoje a personagem faz muito sucesso com brinquedos.

Post livremente inspirado neste texto do Looper

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