Ultimamente temos visto mais produções brasileiras integrando o catálogo da Netflix. O mais recente é o filme Cabras da Peste, uma comédia policial que estreou em 18 de março. E que vem liderando o Top 10 nacional. Uma boa comédia, mas sem nada muito extraordinário.
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Bruceuilis (Edmilson Filho) é policial numa cidadezinha do interior do Ceará, que sempre sonhou em fazer algo grandioso. Seu sonho fica perto de se tornar realidade quando Celestina, a cabra que é patrimônio da cidade, é sequestrada. Em sua busca, Bruceuilis chega a São Paulo e se une a Trindade (Matheus Nachtergaele), um policial de escritório que adora a paz da papelada. Mal sabem eles que Celestina os levará de encontro a um dos maiores traficantes do país.
Segundo o Wikicionário, a expressão “cabra da peste” originalmente significava “indivíduo mau, temido ou respeitado por sua valentia, frieza e crueldade”. Com o tempo o sentido se modificou e passou a designar um “indivíduo forte, admirado por seu valor, coragem, disposição ou outra virtude”. É interessante porque nos momentos em que Bruceuilis se depara com os bandidos ele pretende passar uma imagem do primeiro significado. Quando ele claramente representa o segundo.
Cabra da Peste traz um humor leve, apesar de a classificação indicativa ser de 16 anos. Eu classificaria como 12 tranquilamente. Há cenas de lutas cômicas no estilo Jackie Chan, mas muito bem abrasileiradas. Tem pequenas alfinetadas ao Governo, usando seus infames bordões. E algumas boas atuações, além dos excelentes protagonistas temos o sempre ótimo Falcão como o deputado Zeca Brito.
Mas nem tudo são flores. Algumas situações soam bastante forçadas, embora delas dependa boa parte do humor. Afinal, trata-se de uma comédia um tanto pastelão. Mas o mais lastimável é a atuação de Letícia Lima como a Comandante Priscila. Me pareceu que a atriz tentou imitar a atuação de Melissa Fumero, a Amy de Brooklyn Nine-Nine. Sem sucesso, diga-se de passagem.
O fato é que Cabras da Peste pode não ser um filme brilhante, daqueles que você vai querer ver infinitamente. Mas é um bom divertimento. Ideal para uma tarde chuvosa na companhia de um bom café e um bolinho. Talvez uma rapadura.
Nota: 7
Confira o trailer:
