Se a primeira temporada de Belas Maldições (Good Omens) adaptava o livro de Neil Gaiman e Terry Pratchett, a segunda traz uma ideia original dos dois autores que jamais virou livro. Não há dúvida que Gaiman é um autor brilhante então a expectativa por um série que continuasse uma história tão brilhante que resultou numa minissérie tõ brilhante era imensa. Não é fácil de atender.
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Gabriel (John Hamm) ressurge nu e completamente sem memória do que é ou do que o trouxe até Aziraphale (Michael Sheen) em sua livraria que jamais vende livros. Sem saber o que fazer, lógico que ele pede ajuda ao seu amigo Crowley (David Tennant) que, por coincidência, também procurava o arcanjo. O que céu e inferno farão com este trio é o que explica a jornada.
A segunda temporada de Belas Maldições inegavelmente tem seus bons momentos, especialmente por uma atuação irreverente e diferente de Hamm como um Gabriel que você nunca viu antes. O entrosamento entre Sheen e Tennant responde por boa parte da diversão já que o enredo peca justamente pela falta de… História.
O plot de Belas Maldições 2 é empolgante. O que fez o arcanjo mais poderoso do firmamento perder a memória? Qual a relação com uma música que toca sem parar? E será que o céu sabe mais do que diz? Tudo isso fisga o espectador no primeiro episódio mas a partir do segundo é inevitável a sensação de enrolação, especialmente com personagens que não fazem muito pela trama principal algo que simplesmente não existia no original. Tudo se conectava.
O último episódio aposta em uma solução que talvez conte demais com a suspensão da descrença em arcanjos e demônios tão atrapalhados. Se seres com milhares de anos podem sucumbir às mesmas tentações humanas talvez fique difícil acreditar que estas são as únicas confusões que acontecem. Belas Maldições – Segunda Temporada ainda vale seu tempo mas boa parte da graça ainda vem das lembranças do que vivemos na primeira. Uma eventual terceira terá que fazer bem mais do que uma fanfiction de luxo.
Nota: 7
Confira o trailer de Belas Maldições 2:
