“Avatar: A lenda de Aang” deveria ser passado nas escolas

Durante essas férias tive tempo de rever um dos meus animes favoritos, Avatar: A lenda de Aang. Com uma perspectiva diferente de quando vi pela primeira vez, fui capaz de identificar alguns sinais interessantes a respeito da construção das personagens.

Para quem não lembra, está rolando a maior treta da história das quatro nações. A nação do Fogo está tentando dominar o mundo, tomando pouco a pouco os povos da Terra, Água e Ar. A única esperança é o Avatar, aquele que controla os quatro elementos e que poderá salvar o mundo das garras do senhor do fogo Ozai. Aos cem anos de guerra, os irmãos Katara e Sokka encontram o Avatar Aang preso num iceberg. Aang com apenas doze anos deve aprender a dominar os elementos e então salvar o planeta Terra, simples assim.

Sempre gostei muito dessa animação e mais ainda depois de considerar alguns aspectos valiosos.

Importância da Amizade

 

Presente em diversos desenhos, e um fator importante. Desde o começo, Aang inspirou confiança, descontração e amor nas pessoas. Dessa forma, laços foram estabelecidos, e também uma inspiração valiosa naqueles que o viam passar por suas terras.

Personagens FODAS

A série tem moças realmente fortes. Cada uma na sua singularidade, com seus problemas, ambições, medos, simplesmente apaixonante. Detalhe que nenhuma delas teve o amor e a maternidade como foco durante a série. Katara e Sukie podem ter se envolvido com rapazes mas sempre deram um grande exemplo para as garotas que assistem. Não posso deixar de mencionar Azula, na minha opinião a mais perigosa da série. É interessante ver como foi pensada a personalidade dela, e também sua colocação na série.

 

Luta contra a masculinidade tóxica

De maneira mais amena, existe um posicionamento. Vemos o Tio Iroh como exemplo de paciência, resistindo às provocações de Zukko sem violência e dando outro significado para 

paternidade. De outro lado, temos Sokka, retrato escrachado da masculinidade tóxica em desenvolvimento. Trata as mulheres com inferioridade e se considerando o único ser pensante na face da terra. Com o tempo vemos uma melhora significante, principalmente após a visita do trio – ou quinteto, contando com Appa e Momo – à ilha Kyioshi.

 

 

Ensinamentos valiosos de poder e responsabilidade (spoiler de leve)

Pessoas passando fome, sem casa, presas, famílias destruídas – e isso tudo por causa de um evento que tornou um povo mais poderoso. A cada episódio são colocados personagens com histórias belíssimas e com significado para quem teve o cuidado de analisar.

Como solução, uma criança, mas com uma responsabilidade enorme. Aang teve medo, angústia, ansiedade e ficou noites sem dormir, por conta do que viria pela frente. E como um verdadeiro monge, Aang usou sua sabedoria para não matar, e sim retirar aquilo que causou toda a desgraça: o poder. Ainda que estivesse correndo o risco de morte e de perder sua última chance de salvar o mundo.

Essas entre outros pontos positivos que são mostrados ao passar dos episódios. Caso tenha dúvida de como dar os valores corretos a uma criança, veja esse manual e se divirta-se 🙂

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