O roteirista Grant Morrison tem divergências públicas com Frank Miller quando o assunto é Batman. Ele crê que existe outro Homem-Morcego possível e sua fase mais recente seguiu essa linha, mas é curioso ver como Asilo Arkham parece quase um prequel de O Cavaleiro das Trevas. A arte de Dave McKean é um tempero a parte, saindo da distopia para o nonsense e imaginando como seria o dia que o maior Detetive do Mundo precisaria entrar no lugar menos lúcido da Terra.
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O popular Game homônimo traz uma história de ação que não tem muito a ver com a Graphic Novel original. Asilo Arkham é um retrato da loucura mais pura do lado do bem e do mal e como ambos se complementam e se perturbam, como uma serpente que engole a própria cauda. Por isso, Morrison fragiliza Batman de uma forma pouco convencional no cânone do personagem. Mas aproveita o velho mito que os vilões são um personagem a parte na mitologia do Homem-Morcego e faz disso a fórmula que une toda história.
Nos Estados Unidos, se tornou uma das Graphic Novels mais vendida de todos os tempos, unindo um personagem tão popular e uma história tão irresistível. Tantos anos depois, a dúvida continua quando o Homem-Morcego precisará voltar ao Asilo para se certificar de que é capaz de sair por conta própria? Porque, afinal, talvez ele descubra que se sente em casa naquele hospício.
Nota: 9
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