Você não morre, desde que o chip que abriga sua consciência em seu pescoço fique intacto. E então podem clonar você para outro corpo, inclusive com melhoramentos. Este é o universo que Altered Carbon nos apresentou em sua primeira temporada e é fascinante. O maior problema é que este mundo inconfundível talvez seja muito mais legal do que os enredos que o envolvem.
É uma pena.
Desta vez, Takeshi Kovacs (em atuação regular de Anthony Mackie, que nos faz sentir saudades de Joel Kinnaman) é convocado para uma nova e misteriosa missão. Desta vez, seu passado vem a tona em uma missão no seu planeta natal envolvendo encontrar Quellcrist (Renee Elise Goldsberry). Isto acontece bem antes do que ele esperava, mas ela não parece mais a mesma. E nem seu planeta…
Altered Carbon é um bom passatempo para amantes de ficção científica. Mas seu enredo carece de problemas com reviravoltas e, o principal, é o número excessivo de diálogos enormes. Um problema que estudos de roteiro conhecem como “cabeças falantes”, ou seja, ao invés das imagens os personagens precisam mergulhar em um número enorme de falas e palavras para elucidar a trama e seus detalhes.
Algumas vezes parece uma novela e não é Vamp não. É O Sétimo Guardião mesmo.
Will Yun Lee aproveita melhor do que Mackie suas chances de defender o papel de um Takeshi mais inocente e menos independente. O melhor ponto da série talvez seja Renee Elise Goldsberry. Sua Quellcrist ganha ares de protagonista, deixando Takeshi para trás mesmo quando o personagem aparece dobrado.
Talvez seja hora de Altered Carbon ter uma protagonista feminina. O que você acha?
Nota: 6 (a mesma da temporada passada!)
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