A Garota Dinamarquesa é uma grata surpresa entre os indicados ao Oscar. Seja pela atuação de seu /sua protagonista com um fabuloso Eddie Redmayne ou pela direção delicada de uma história que já não devia ser tão estranha, quase cem anos depois do fato que originou o roteiro. Que venham mais filmes como este e que mais gente aprenda a aceitar que gênero não se define só no nascimento.
Na Copenhague de 1926, os artistas Einar e Gerda Wegener se casam. Gerda então decide vestir Einar de mulher para pintá-lo. Einar começa a mudar sua aparência, transformando-se em uma mulher, e passa a se chamar de Lili Elbe. Com o apoio, ainda que conturbado, da esposa, um Einar deprimido passa por uma das primeiras cirurgias de mudança de sexo da história para tentar se transformar por completo em Lili e recuperar o gosto pela vida.
É um filme indicado para pessoas com ou sem (muito) preconceito. Afinal, se por um lado A Garota Dinamarquesa é uma oportunidade de conhecer mais sobre pessoas que precisam – e não apenas querem – mudar de gênero também é uma chance para os que não aceitam isto conhecer uma história real sobre reencontro com si mesmo, liberdade e ser o que você quer ser. E não apenas o que a sociedade exige.
Nota: 9